Congestionamento

Taxistas protestam no Centro do Recife

Mariana Campello
Mariana Campello
Publicado em 24/02/2015 às 11:19
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O protesto começou por volta das 11h / Foto: @Pragomes / Twitter

O protesto começou por volta das 11h Foto: @Pragomes / Twitter

Membros da Associação dos Profissionais de Táxi do Recife realizam carreata pelo Centro da cidade na manhã desta terça-feira (24). Dezenas de pessoas saíram em manifestação da Rua Benfica, no bairro da Madalena, Zona Norte do Recife, seguindo pela a Praça do Derby, Avenida Conde da Boa Vista, Guararapes, Dantas Barreto, Nossa Senhora do Carmo e Martins de Barros para chegar até o Cais do Apolo. 

O congestionamento é intenso no sentido Recife/Olinda

O congestionamento é intenso no sentido Recife/OlindaFoto: @manoelamedeiro4 / Twitter

Ao sair da Praça do Derby, os motoristas fecharam o cruzamento com a  Avenida Agamenon Magalhães e desceram dos carros. Por causa do congestionamento formado, muitos passageiros desceram dos ônibus e seguiram caminhando. 

A Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) realizou um esquema especial: para evitar que a carreata chegasse à Prefeitura, pontos de bloqueio foram montados no encontro da Avenida Cais do Apolo com a Avenida Rio Branco e com a Ponte do Limoeiro e no encontro da Avenida Martins de Barros com a Ponte Buarque de Macêdo. O bloqueio na Avenida Cais do Apolo complicou o trânsito na Rua da Aurora e em outras vias centrais como a Avenida Cruz Cabugá e Avenida Norte. sairam seis taxistas conseguiram subir la pras 14h30 

No entanto, por volta das 14h20, com os taxistas planejando voltar para o Derby, os pontos de bloqueio nas vias de acesso ao Bairro do Recife foram liberados e os táxis puderam ter acesso ao Cais do Apolo em fila indiana. Lá, esperam ser recebidos por uma comissão da Prefeitura do Recife que incluiria o secretário de Governo e Participação Social, Sileno Guedes. 

Um grupo formado por seis taxistas foi recebido quando os manifestantes chegaram ao Cais do Apolo. Os outros taxistas estão estacionados ao longo da via, sem causar retenção no fluxo de veículos. Mesmo com o trãnsito tranquilo, a CTTU está de alerta no cruzamento do Cais do Apolo com a Ponte do Limoeiro e com a Avenida Rio Branco. Ainda não se sabe qual a formação da comissão da Prefeitura do Recife. 

 

 

 

Este é o segundo protesto ocorrido nesta terça-feira (24). Por volta das 8h, cegonheiros que reivindicavam a contratação de motoristas pernambucanos para transportar os carros produzidos pela fábrica da Fiat, em Goiana, pararam o trânsito por três horas. A manifestação saiu do Cais de Santa Rita e circulou pelas ruas do Centro.

PROTESTO - Os dois principais pontos da pauta de reivindicações da associação, que reúne aproximadamente 800 dos mais de 12 mil taxistas do Recife, são o fim da circulação de veículos de outras cidades no Recife e a isenção para o pagamento do curso de capacitação exigido para esses profissionais.

"Não somos contra o apoio dos outros táxis no dia dos grandes eventos, mas que isso seja discutido com a categoria. Somos contra a invasão desenfreada de táxis irregulares, muitos com taxímetros irregulares e vários problemas", afirma o presidente da associação, Sandro Cavalcanti.

O curso, implementado na Lei Federal nº 12.468/2011 e exigido no recadastramento anual dos taxistas a partir de 2016 - prazo adiado após pedido dos profissionais -, custa R$ 200 e tem 36 horas/aula. "Os motoristas auxiliares (que trabalham a partir da contratação do carro) não têm condições de pagar pelo curso nem parar para isso. Quem vai pagar as diárias?", questiona Cavalcanti.

No entanto, a associação não tem apoio do sindicato para o protesto. "Estamos lutando por isso também. A CTTU já tem os nossos ofícios e as nossas reivindicações", explica o presidente do Sindicato dos Taxistas de Pernambuco, Everaldo Menezes. Para ele, o fato de a entidade já estar em negociação por maior fiscalização dos táxis de outros municípios e que o preço do curso seja barateado, além de uma flexibilização dos horários, faz com que não seja necessária a realização de protesto.

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