Informações extraoficiais revelam que cerca de R$ 60 milhões foram levados na ação criminosa Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem
- Moradores relatam horas de tiroteio na Zona Oeste do Recife
- Três policiais militares ficam feridos após tiroteio na Zona Oeste
Na ocorrência, três policiais militares ficaram feridos. Jarbas de Arruda Cordeiro, 54 anos, levou um tiro no braço, enquanto José Wellington, 31 anos, foi atingido na perna direita. Erisson Pedro Alexandrino, 40 anos, foi atingido por estilhaços na região da cabeça. Os três foram encaminhados ao Hospital da Restauração (HR), situado na área central da cidade e passam bem. Informações iniciais apontam que também há bandidos feridos. Entretanto, nenhum foi preso até o momento.
Associação das empresas de transportes de valores se posiciona
"A Associação Brasileira das Empresas de Transporte de Valores (ABTV) lamenta a ocorrência de mais um sinistro envolvendo uma base de empresa de transportes de valores no Brasil, ocorrida contra a instalação da Brinks em Recife, PE.
O ataque comprova o que a ABTV vem alertando junto às autoridades brasileiras: este tipo de crime vai além das fronteiras estaduais e é praticado por quadrilhas especializadas do crime organizado que atuam com equipamentos cujo combate está além da capacidade permitida às empresas para se protegerem. Novamente, pelas declarações da Polícia Militar de Pernambuco, foi identificado neste tipo de ação o uso de explosivos e de armas .50, de poder maior do que qualquer blindagem permitida no país e de calibre superior ao usado pelas polícias e empresas de segurança privada e de transporte de valores.
Neste sentido, a ABTV mais uma vez reforça que:
- Somente o trabalho integrado de inteligência envolvendo as várias polícias, secretarias de segurança pública, Polícia Federal e empresas, liderados pelo Ministério da Justiça, vai conseguir impedir estes ataques;
- A atuação de inteligência deve ser antes dos assaltos, evitando que fuzis de calibre .50 entrem no País, com a devida fiscalização das fronteiras, e impedindo que explosivos sejam vendidos sem fiscalização;
- As bases das empresas no Brasil passam por rígida fiscalização da Polícia Federal e têm tecnologia e procedimentos do mais alto nível comparado aos outros países. Porém, ainda assim não é totalmente possível impedir ataques estruturados deste tipo;
- A ABTV já tem mantido conversas com o Ministério da Justiça e as secretarias de segurança pública para alertar sobre este cenário e continua à disposição para contribuir na busca por soluções para este mal."