Forças sindicais prometem parar o Recife nesta sexta-feira

• Sindicato descarta nova paralisação de rodoviários nesta sexta
• Mesmo com paralisação, movimento no IML é normal

Um dia antes da mobilização nacional com paralisações e greves programada para acontecer nesta sexta-feira (25), as forças sindicais de Pernambuco falaram em coletiva que pretendem realizar atos no Grande Recife, incluindo uma manifestação que tem concentração no Derby e se dirige à Avenida Conde da Boa Vista, área central do Recife, a partir das 15h. Também haverá barreiras e piquetes espalhados por toda a área metropolitana e interior do Estado. Os principais motivos são a PEC 55, terceirização, e as reformas na previdência e nas leis trabalhistas 

Os sindicatos prometem repetir atitudes do último dia 11, e afirmaram que todas as categorias irão cruzar os braços neste dia. Na última segunda-feira (21), os bancários anunciaram que não vão trabalhar, assim como a polícia civil, afirmando que só haverá prisões em casos de flagrante.

Os sindicalistas falaram que rodoviários irão participar da mobilização para reivindicar, além dos temas gerais nacionais, a questão da segurança no Estado. Embora o Sindicato dos Rodoviários tenha afirmado que não haverá nenhum tipo de paralisação, a representante da CSP Conlutas, Cláudia Ribeiro, garantiu que os sindicatos darão o suporte para as manifestações. "Os empresários estão ameaçando os trabalhadores e devem mandar policiais para obrigar os motoristas a rodarem. Mas eles irão aderir à paralisação durante o dia", afirmou.

O presidente da CUT, Carlos Veras, acredita que existem outros interesses por trás da aprovação da PEC 55. "O congelamento dos investimentos cria um caos nos serviços públicos. O que está por trás disso é a privatização da sáude, da educação e das previdências", afirmou. Ele também disse que a mobilização será em conjunto com todas as categorias no Estado. "Iremos parar Pernambuco do sertão ao litoral", falou.

Setor da educação também deve paralisar atividades

Além das diversas greves que se espalham pelo Brasil - incluindo a das universidades pernambucanas UFPE, UFRPE e UPE - professores de diversos segmentos públicos também cruzarão os braços. Os sindicalistas acusam as medidas propostas pela PEC 55 de promover um sucateamento na educação. 

As ocupações estudantis em escolas e universidades por todo o Brasil foram elogiadas pelos presentes. Valéria Silva, da CTB, disse que "estudantes dão exemplo de resistência ao governo". 

Sindicatos tentam articular uma greve geral no País

Com a aprovação da PEC 55 cada vez mais avançando para a aprovação, os sindicalistas afirmaram que o que acontecerá nesta sexta-feira é uma articulação nacional envolvendo todos os setores do Brasil. A possibilidade de uma greve geral foi levantada pelos representantes presentes. "As propostas do governo Temer são um massacre para a população. A nossa luta não vai parar", afirmou Severino Severino Pessoa, da Força Sindical.