Caso Amy

Família de pernambucana que perdeu guarda da filha nos EUA promove ato no Recife

Mariana
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Publicado em 24/03/2015 às 15:25 | Atualizado em 13/08/2020 às 1:11
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O ato de apoio a Karla e Amy (foto) acontece neste domingo, no Parque Dona Lindu / Foto: Facebook

O ato de apoio a Karla e Amy (foto) acontece neste domingo, no Parque Dona Lindu Foto: Facebook

Familiares e amigos da pernambucana Karla Janine Sarmento, 44 anos, que luta para recuperar a guarda da filha nos Estados Unidos, promovem neste domingo (29), no Recife, um ato para chamar a atenção de autoridades e da sociedade sobre o drama vivido por mãe e filha. Há um ano, a criança está sob a guarda do pai, o americano Patrick Joseph Galvin, registrado como sex offender pela polícia da Flórida e quem Karla acusa de ter abusado sexualmente da garota.

O ato de apoio a Karla será realizado às 15h, na área externa do Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, onde os participantes, munidos de faixas e cartazes, irão distribuir panfletos e balões brancos. A manifestação acontece no mesmo dia em quem o Consulado Geral dos Estados Unidos no Recife irá promover, também no Dona Lindu, mas dentro do Teatro Luiz Mendonça, um evento em comemoração ao aniversário de 200 anos do consulado. Às 17h, a violinista norte-americana Francesca Anderegg sobe ao palco para se apresentar com a Orquestra Criança Cidadã (OCC).

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"Já faz um ano que Karla perdeu a guarda de Amy e até agora, apesar de promessas, nada foi feito para resolver esta situação. Não consigo mensurar o sentimento de indignação e injustiça de toda a família", afirma Kilma Sarmento, tia da pernambucana. Para convidar a população para a mobilização, a família criou no Facebook o evento "Justiça para Amy Katrin!"; mais de 150 já confirmaram presença.

ENTENDA O CASO - Karla perdeu a guarda da filha após fugir com a menina da Flórida para o Texas sem autorização da Justiça. Karla justifica que tomou essa decisão após o processo de abuso sexual contra o ex-marido Patrick ter sido arquivado pela Justiça da Flórida, mesmo, segundo ela, com a apresentação de laudos do Department of Children and Families (DCF), espécie de conselho tutelar, e do parecer de um psicólogo confirmando que Amy sofreu abuso sexual. O pai da garota tem o nome incluído na lista de pedófilos dos Estados Unidos porque já foi acusado, na década de 09, de violentar uma enteada e a filha mais velha, fruto do seu primeiro casamento.

Karla e Amy foram encontradas no Texas em janeiro de 2014, três anos depois de terem fugido da Flórida. Além de perder a guarda da filha, Karla foi detida por 23 dias e condenada a cumprir 18 meses de condicional. Até o fim do processo, que durou cinco meses, ficou sem ver a filha. Atualmente, ela tem o direito a visitá-la apenas uma vez por semana, por 1h30min, com presença de um supervisor. Não pode conversar em português com Amy e nem fazer perguntas sobre a sua relação com o pai.

Na luta para resolver o seu drama, Karla criou petição online no Change.org e hoje conta com 137 mil assinaturas. A pernambucana também administra a página "Welovekarlamy" no Facebook, onde divulga o seu caso.

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