Eduardo Cunha está preso, em Curitiba, desde o dia 19 de outubro, por ordem do juiz federal Sérgio Moro Foto: Agência Brasil
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Eduardo Cunha está preso, em Curitiba, desde o dia 19 de outubro, por ordem do juiz federal Sérgio Moro, dos processos da Lava Jato em primeira instância. Ele é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro em negócios de compra de campos de exploração de petróleo em Benin, na África.
"Entreguei algumas vezes senhas a Eduardo Cunha quando solicitado pela área de operações estruturas, mas o pedido de pagamento não endereçado por Eduardo Cunha a mim", explicou o delator, que listou no anexo os valores e datas de entregas.
Claudio Melo disse que seu trânsito maior era com a bancada de senadores do PMDB, mas que também mantinha reuniões com Cunha, em especial para discutir temas de interesse da Odebrecht no setor de energia.
"Nas vezes em que conversava com o deputado sobre temas da empresa, era sempre atendido com presteza e educação. As reuniões se deram no gabinete da liderança do PMDB, que fica em frente ao Salão Verde, em uma sala no final do corredor das lideranças."
Cunha é réu em processo
Cunha é réu em um processo aberto por Moro em Curitiba. As revelações da Odebrecht, que ainda serão transformadas em termos de delação e precisarão ser homologadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), servirão para a abertura de novos inquéritos contra os citados.
"Entendi que essa era uma forma de reconhecimento pela relação deste com a Odebrecht, pois ele sabia que receberia pagamentos a pretexto de contribuição de campanha."