Transtorno

Eleitora critica desinformação para votação biométrica

MARÍLIA BANHOLZER
MARÍLIA BANHOLZER
Publicado em 05/10/2014 às 11:33
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Eduarda Maria de Oliveira desaprovou a experiência / Foto: NE10

Eduarda Maria de Oliveira desaprovou a experiência Foto: NE10

A eleitora pernambucana Eduarda Maria de Oliveira saiu cedo de casa, às 7h30, para votar pela primeira vez utilizando a urna biométrica. Ela vota no Colégio Mércia de Albuquerque, na Ilha do Retiro, bairro onde mora, na Zona Central do Recife, e não gostou da experiência. "Acredito que faltou treinar melhor os mesários e a própria população para utilizar a urna", comentou, depois de esperar mais de uma hora até dar o seu voto.

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Segundo ela, ainda na fila a desinformação era muito grande. "Até um policial que estava fazendo a segurança no local estava sugerindo como os mesários deveriam organizar a fila", comentou. Eduarda considerou o processo complicado, uma vez que precisava passar por três pessoas para concluir a votação.

"Quando entrei para votar, os mesários disseram que a demora era porque as pessoas não estavam levando a cola. Mas acho que não foi isso. Até acharem a minha digital, demorou muito. Foram umas seis tentativas, no mínimo. Depois disso, foi até rápido". Detalhe: são permitidas até oito tentativas para o reconhecimento da digital. Caso não seja encontrada, o eleitor vota no sistema anterior.

ELOGIOS

Foto: Thiago Wagner/NE10
Rodrigo Sávio, 30 anos, servidor público, elogiou a biometria apesar da espera - Foto: Thiago Wagner/NE10
Foto: Thiago Wagner/NE10
Felipo Melo e Vilma Rabelo, 54 e 43 anos, aprovaram a biometria - Foto: Thiago Wagner/NE10
Foto: Thiago Wagner/NE10
Urna quebrada no Parque do Cordeiro, na Caxangá - Foto: Thiago Wagner/NE10
Foto: Thiago Wagner/NE10
Filas para a votação no colégio Salesiano, no Recife - Foto: Thiago Wagner/NE10

Do Colégio Salesiano, na Ilha do Leite, vieram os elogios ao novo modelo de identificação. Apesar de esperar um pouco mais, o funcionário público Rodrigo Sávio, de 30 anos, gostou. "Acho ideal. É seguro", diz. Já os amigos Vilma Rabelo e Felipe Melo, que foram de bicicleta, votaram rapidamente. "Foi rápido e de primeira. Não dando problema, eu aprovo", comentou Vilma

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Pela primeira vez desde que comecei a votar, aos 18 anos, teve confusão no local - Colégio Marcelino, em Tejipió. Foi confuso porque juntaram duas zonas: 190 e 192. Quase 400 eleitores na mesma seção. Os mesários e fiscais lamentaram, mas disseram que foi uma determinação do TRE. Fila enorme para uma urna. Mesários inexperientes. A biometria tb atrapalhou. Minhas digitais são apagadas devido a uma alergia nas mãos. Tive que passar quatro dedos para ser identificada. E teve gente que não conseguiu e acabou votando sem biometria.

Cecilia Patrícia Melo (via NE10)

Acabo de votar na Praça de Casa Forte. Fazendo a cronometragem, contabiliza 12 minutos e 42 segundos para as 7 pessoas que estavam a minha frente votarem. Pouco menos de 2 minutos por eleitor! Como ponto negativo observei a lentidão dos mesários e a falta de material para higiene dos leitores digitais. Um pacotinho de lenços (como os entregues em avioes) ajudaria.

Fernando Araripe (via ComuniQ)

A votação aqui na seção 181 no Bureau Jurídico, por trás da faculdade de administração da UPE , está muito complicada. Por orientação do pessoal do TRE só pode entrar uma pessoa por vez na sala. Lá dentro é feito todo o processo com esse eleitor, desde a identificação biométrica até o final da votação e somente quando ele sai é que deixam o próximo eleitor entrar. Resultado são filas quilométricas. Pra piorar, até o acesso ao prédio e a saída está sendo feita por um único portão e ainda assim o mesmo está aberto na metade. Uma verdadeira bagunça e os organizadores demonstram uma infantilidade a toda prova, pra não falar em incompetência.

Sérgio Correia Dias (via ComuniQ)

Muita confusão na escola Delmiro Gouveia no Pina. O sistema de biometria não funciona e tem gente há mais de duas horas nas filas esperando para votar.

Gabriela Salazar (via ComuniQ)

José Tavares (entrevistado pela reportagem na FBV, na rua Jean Emile Favre)

Cheguei e fiquei 30 minutos na fila. Foi tranquilo. A biometria pegou de primeira. Agora posso curtir meu dia.

Leonardo Maciano (entrevistado pela reportagem na FBV, na rua Jean Emile Favre)

Está tendo problema com a biometria. Estou há uma hora na fila. Tem que fazer oito leituras e se não conseguir tem assinar.

Erick Paulino (entrevistado pela reportagem no Salesiano, na rua Dom Bosco)

A biometria funcionou e está aprovada. Foi muito rápido. Demorei dez minutos.

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