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Mesmo sem coronavírus confirmado no Brasil, Carnaval levanta alerta sobre riscos de transmissão

Festa representa um risco porque aglomerações facilitam a transmissão de vírus

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Publicado em 21/02/2020 às 9:00
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País investiga casos suspeitos, sem diagnóstico confirmado até o momento. A   biomédica e coordenadora do curso de Biomedicina da UNIT-PE, Evelyne Solidônio, dá dicas para se prevenir durante a folia. / Foto: Hesíodo Góes/JC360

País investiga casos suspeitos, sem diagnóstico confirmado até o momento. A biomédica e coordenadora do curso de Biomedicina da UNIT-PE, Evelyne Solidônio, dá dicas para se prevenir durante a folia. Foto: Hesíodo Góes/JC360

Desde que surgiram os primeiros relatos do coronavírus na China, o restante do mundo entrou em alerta para os riscos de propagação da doença. Ainda não se sabe ao certo onde o vírus se originou, mas pesquisas apontam estar relacionado com o consumo de morcegos em forma de alimento. Com a chegada do Carnaval e o potencial turístico da festa, que resulta em aglomerações de grande escala, muitas pessoas começaram a se preocupar com os riscos de contrair a doença, uma vez que o seu contágio se dá através da tosse ou do espirro.

“Muita gente está temendo essa questão do Carnaval, mas até então o coronavírus não foi identificado em nenhum paciente no Brasil. Tem casos suspeitos, mas nenhum confirmado. Quando falamos de vírus, o Carnaval representa um risco para a transmissão porque, quando se tem um aglomerado de pessoas, a transmissão de vírus acontece de forma muito fácil, isso é fato. No entanto, não podemos dizer que o Carnaval é um risco especificamente em relação ao Corona Vírus, porque ainda não foi identificado nenhum caso confirmado no Brasil”, esclarece a biomédica e coordenadora do curso de Biomedicina da UNIT-PE, Evelyne Solidônio.

Quem se forma em Biomedicina, inclusive, pode atuar na identificação de doenças e no desenvolvimento de métodos de prevenção. São diversos campos em que esse profissional pode se habilitar para contribuir cientificamente à sociedade. De acordo com Evelyne, trazer para a sala de aula assuntos que estão em alta, como o coronavírus, deixa os alunos mais participativos, pois é algo que eles também cobram dos professores.

“O aluno da área de Saúde chega curioso e querendo saber sobre o vírus. Nas aulas de microbiologia, a gente esclarece como é uma estrutura de um vírus, como é que se faz para identificar e para se prevenir, a gente trabalha a parte de biologia molecular. Sempre que surge um novo vírus ou uma temática interessante, trazemos para a sala de aula, comentamos com os alunos, até porque eles ficam mais instigados, querem conhecer. São abordagens que geram muito conteúdo para a sala de aula”, avalia.

Renata Inglez, estudante do 8º período de Biomedicina na Unit-PE, conhece bem a dinâmica das aulas – e aprova a metodologia. Concluindo o curso no próximo ano, ela já estagia e também desenvolve um projeto de pesquisa no centro universitário. “O que eu gosto bastante é a parte prática, porque a gente aprende mesmo a manusear os equipamentos, o que nos prepara para o futuro e acho isso fundamental num curso como Biomedicina”, pontua a universitária.

Prevenir nunca é demais

Para se prevenir dos vírus, seja corona ou não, as instituições de saúde nacionais e mundiais alertam para os cuidados básicos aplicados a outras doenças virais. “Para se prevenir do coronavírus ou de qualquer outra virose de transmissão respiratória, você deve sempre lavar as mãos com água e sabão; se não for possível naquele momento, você pode usar álcool em gel. Ao espirrar, não usar a palma da mão e sim o dorso para evitar a projeção da secreção. Se tiver algum lenço, é preferível que seja de papel e não de pano, para que seja descartado. Cuidado também ao tossir e levar a mão ao olho, porque trata-se de uma mucosa e você pode transmitir o vírus por essa via também”, esclarece a professora.

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