Educação

Qual é o momento do meu filho ir à escola?

Fabíola Blah
Fabíola Blah
Publicado em 12/08/2019 às 7:00
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Na educação infantil, profissionais trabalham a  motricidade das crianças. / Foto: Divulgação

Na educação infantil, profissionais trabalham a motricidade das crianças. Foto: Divulgação

Muitos pais têm dúvidas sobre qual a idade ideal para iniciar a vida escolar dos filhos. A questão envolve a rotina de trabalho e a decisão de manter a criança em casa, sob cuidados de outro adulto, ou optar pelo ingresso na Educação Infantil, o que é possível logo que o pequeno complete 1 ano de vida. Uma vez que a escola seja escolhida, uma coisa é certa: o ambiente é adequado para oferecer os cuidados necessários aliados à aprendizagem e ao desenvolvimento. Muitas vezes, afirmam profissionais, as mudanças positivas podem ser vistas em menos de seis meses.

No Colégio GGE, as crianças podem ser matriculadas logo que tenham 1 ano de idade, na turminha do Infantil I, e seguirão na construção pedagógica e sócio-afetiva por toda a Educação Infantil, até os 5 anos de idade, quando acontece a transição para o Ensino Fundamental. “Naturalmente, dentro das condições habituais, o desenvolvimento da criança segue pelo falar, pelo andar, pela aquisição da desenvoltura psicomotora. Na escola, tudo isso é estimulado, o rendimento é diferenciado”, explica a diretora Pedagógica dos Ensinos Infantil e Fundamental 1 do GGE, Anabelle Veloso.

Com o primeiro de ano de vida completo, as crianças sabem andar sozinhas, têm capacidade de interagir, de se afeiçoar às pessoas com quem convivem e muita curiosidade para aprender. Mesmo que a entrada na vida escolar se dê, tão cedo, por questões familiares, é para o início do processo de aprendizagem que a atenção deve estar voltada. Segundo a gestora pedagógica do Colégio GGE, Nayana de Paiva, um dos ganhos é que essas crianças iniciam o processo de socialização mais cedo e se relacionando com colegas da mesma idade e com professores, aprendem muito. “Desta forma, têm seus valores moldados: empatia, respeito ao próximo, às diferenças, algumas das grandes problemáticas que temos hoje nas relações interpessoais”.

O desenvolvimento da oralidade é outra vantagem, acrescenta Anabelle Veloso. “Dentro da escola, a criança vai ter o estímulo não só da escuta, mas será demandada a falar. A evolução dessa oralidade é mais rápida e muito mais perceptível”, diz. Além disso, o ambiente doméstico é propenso ao uso de tecnologias - televisores, celulares e tablets - e o uso de telas deixa a criança sentada por muito tempo, utilizando os dedos. Ou seja, desenvolvem a motricidade fina antes da ampla. “Isso não quer dizer que o desenvolvimento desta criança que permanece no ambiente doméstico será prejudicado, mas é muito visível que na escola há uma celeridade completamente diferente”, continua Anabelle.

Falar de motricidade é um ponto-chave nesta fase do aprendizado. As profissionais do GGE explicam que, na primeira infância, o indivíduo começa a se desenvolver pela motricidade ampla - o movimento do corpo, o levantar-se, o caminhar - que vai sendo, ao longo dos cinco anos da Educação Infantil, refinada até que se chegue à motricidade fina, à escrita. E como explica Anabelle, toda a Educação Infantil é voltada ao processo de alfabetização, para que o aluno siga para o 1° ano do Ensino Fundamental 1 (antiga Alfabetização) apto a continuar o processo até se tornar fluente na leitura e na escrita, além de apto a desenvolver as competências matemáticas correspondentes à faixa etária.

Nayana de Paiva reforça que o acompanhamento profissional oferecido pela escola organiza o conhecimento inerente à infância, direciona e dá nomes às ações e processos. Como explica a gestora, basicamente, o currículo da Educação Infantil deve contemplar, por lei, cinco eixos - Linguagem, Matemática, Natureza e Sociedade, Artes e Movimento - e tudo é tratado de forma lúdica e adequada à idade de cada turma. Por isso, é falsa a impressão de que a criança “vai à escola para brincar” quando, na verdade, tudo é pensado, estudado e aplicado para estimular o desenvolvimento infantil.

Exemplo disso é a introdução da matemática, através das cores, das noções de peso (mais leve, mais pesado), de tamanho (menor, maior), que será a base dos conhecimentos mais à frente. O GGE trata da alfabetização em amplo aspecto, quando a criança percebe que existem números, mesmo que não tenham tido, ainda, contato com os algarismos. “Começamos no concreto, ensinando com objetos, brinquedos, cores, e depois passamos para o papel”, diz Nayana.

A decisão difícil de introduzir os filhos, ainda tão pequenos, ao ambiente escolar é logo recompensada porque os resultados são muito perceptíveis. “Os pais logo notam o quanto foi positivo, que eles estavam em busca do bem-estar, do cuidado, mas começam a perceber o quanto a criança aprende e se desenvolve, se socializam melhor e são mais autônomas”, conclui Anabelle.

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