CHESF

O futuro da energia no Nordeste passa por fontes alternativas

Lorena Aquino
Lorena Aquino
Publicado em 05/07/2019 às 8:00
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Placas solares foram instaladas no lago formado pela barragem de Sobradinho, na Bahia, para pesquisa e desenvolvimento. / Foto: Luiz Pessoa/JC360

Placas solares foram instaladas no lago formado pela barragem de Sobradinho, na Bahia, para pesquisa e desenvolvimento. Foto: Luiz Pessoa/JC360

O desenvolvimento tecnológico e a preocupação ambiental têm provocado mudanças no setor elétrico em todo o planeta. Apesar de as hidrelétricas ainda serem a principal fonte de energia no Brasil, fontes alternativas como a eólica e a solar vêm ganhando espaço na matriz energética.

O Nordeste tem a vantagem de ter ventos e luz solar abundantes ao longo de todo ano. Esse fator, aliado à necessidade de preservar as águas do Rio São Francisco para o uso múltiplo da população ribeirinha, fez com que a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) investisse cada vez mais em usinas eólicas e solares, o que fortalece e dá robustez ao sistema.

“Qual é o sistema elétrico ideal? O sistema que tem só fotovoltaica, só eólica, só hidráulica? Nenhum deles”, detalha o superintendente de engenharia de geração da Chesf, Douglas da Nóbrega. “Você tem que ter as várias fontes de forma complementar, esse é o objetivo de todo sistema elétrico. Hidrelétrica, termelétrica, eólica, solar”, enumera.

O Centro de Referência em Energia Solar de Petrolina (Cresp), em Pernambuco, estuda a captação de energia do sol para desenvolver tecnologias novas e mais eficientes. As pesquisas também envolvem uma planta solar de um megawatt, instalada dentro da represa de Sobradinho, na Bahia. A ideia é comparar a eficiência energética da planta na água e no solo.

“Quando está próximo de um lago, você tem uma refrigeração natural, tanto da água que está ali perto quanto do vento que passa entre as placas. Isso faz com que a produção de energia nessas placas aumente o rendimento em até 30%”, afirma o diretor-presidente da Chesf, Fábio Alves.

Atualmente, a maior produção de energia do Nordeste é eólica, que utiliza a força dos ventos. “Já tem instalado em capacidade de geração no Nordeste mais energia eólica do que as usinas de Paulo Afonso todinhas”, continua Fábio. Os dois parques da companhia, localizados em Casa Nova, também na Bahia, são capazes de abastecer cerca de 130 mil residências.

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