ECONOMIA

São Francisco: a geração de energia e o desenvolvimento do Nordeste

Lorena Aquino
Lorena Aquino
Publicado em 07/06/2019 às 8:00
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Usina Hidrelétrica de Sobradinho, na Bahia, tem o maior reservatório da companhia. / Foto: Luiz Pessoa/JC360

Usina Hidrelétrica de Sobradinho, na Bahia, tem o maior reservatório da companhia. Foto: Luiz Pessoa/JC360

Nascido em Minas Gerais, o Rio São Francisco percorre e abastece também a Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas. Vem dele boa parte da água que os povos dessa região usam para a sobrevivência, mas todo o Brasil se beneficia com sua riqueza. O Rio São Francisco também provê água que transformamos em energia.

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel, cerca de 60% de toda a energia produzida no país é hidráulica. Das nove hidrelétricas distribuídas ao longo do curso do São Francisco, oito são da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf): Paulo Afonso I, II, III, IV, Sobradinho, Apolônio Sales, Luiz Gonzaga e Xingó.

A construção das usinas foi responsável pelo desenvolvimento econômico da região. Paulo Afonso, na Bahia, é onde hoje fica o maior complexo hidrelétrico da Chesf. “Através da energia de Paulo Afonso que toda a sociedade nordestina se desenvolveu. Suas indústrias, os grandes centros urbanos, tudo já contando com a energia de Paulo Afonso”, afirma o gerente do Departamento Regional de Operação de Paulo Afonso, Elerson Carlos da Silva.

Mas o maior reservatório para geração de energia fica em Sobradinho, também na Bahia. Ele tem perto de 300 km de cauda e pode acumular até 34 bilhões de metros cúbicos de água. A água de Sobradinho pode ser usada tanto para gerar energia na usina quanto para irrigar e abastecer a região. A água acumulada é capaz de garantir a perenidade do rio por até um ano.

“É através dos reservatórios que a gente consegue acumular a água do período chuvoso e soltar no período de estiagem. E isso, para o uso múltiplo, é fantástico, porque você consegue dar uma melhor condição de abastecimento humano ao longo de toda a bacia hidrográfica”, finaliza Elerson.

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