O laudo do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Pernambuco (HCTP) foi claro: Jorge Beltrão, 52 anos, Isabel Cristina, 53, e Bruna Cristina, 28, não são portadores de doenças mentais que os tornem inimputáveis, ou seja, anule a capacidade deles de compreender o crime que confessaram e as consequências dele. Apesar disso, nesta sexta-feira (14), no julgamento do caso, no Fórum de Olinda, na Grande Recife, a defensora pública Tereza Joazy, representante de Jorge, contestou o exame de sanidade mental e tentou convencer os sete jurados de que o réu tem alucinações e outros sintomas de doenças como a esquizofrenia.
"Se Jorge não tiver nenhuma deficiência para tudo que está ai, eu vou dizer uma coisa: tem que matar, que é bicho", afirmou a defensora, que iniciou sua fala com a oração de São Francisco de Assis, em referência ao momento de perdão que Jorge fez nessa quinta (13), no interrogatório. Tereza Joacy se refere ao ritual em que a moradora de rua Jéssica Camila da Silva Pereira, 17, foi assassinada, esquartejada e teve a sua carne comida pelos acusados há seis anos.
Se Jorge não tiver nenhuma deficiência para tudo que está ai, eu vou dizer uma coisa: tem que matar, que é bichoTereza Joazy
A advogada argumentou que Jorge frequentou o Centro de Apoio Psicossocial de Garanhuns, o Caps das Flores, desde o ano seguinte à morte da vítima, com alucinações, delírios e outros sintomas. Baseando-se em um livro de medicina legal, alegou que essas são algumas características de pessoas esquizofrênicas. "Segundo o grande psiquiatra que esteve aqui ontem, não existe a esquizofrenia", ironizou. "Quem é ele para dizer que não existe?", acrescentou, após ler o diário 'Revelações de um esquizofrênico', escrito pelo réu.
Tereza Joacy argumentou ao júri que, por causa dessa suposta esquizofrenia, o acusado não pode ser condenado à prisão. Para a defensora, ele deve ser considerado semi-imputável, o que representaria uma redução na pena ou o encaminhamento a tratamento - no caso de Pernambuco, feito no HCTP, em Itamaracá, na Grande Recife. "Jorge, do jeito que está, não vai se recuperar nunca", destacou. Durante todo o tempo em que a sua representante falou ao Conselho de Sentença, Jorge manteve a cabeça firme, como durante todo o júri, mas algumas vezes desviou os olhos para a plateia. Isabel chegou a chorar e Bruna sorriu.
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