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As estratégias da defesa de Jorge Beltrão e Isabel Cristina

Inês Calado
Inês Calado
Publicado em 14/11/2014 às 11:17
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Doença mental dos acusados não foi confirmada por laudo psiquiátrico forense  / Foto: Luiz Pessoa/NE10

Doença mental dos acusados não foi confirmada por laudo psiquiátrico forense Foto: Luiz Pessoa/NE10

De um lado, alegar semi-imputabilidade. Do outro, pedir absolvição argumentando dependência emocional. Essas são as teses usadas desde o início pelas defesas de Jorge Beltrão, 52 anos, e Isabel Cristina, 53, acusados de cabinalismo que estão sendo julgados nesta sexta-feira (14). A estratégia será mantida nesta fase do júri, em que o Ministério Público e os advogados se "enfrentam", cada um duas horas e meia para falar, mais quatro horas destinadas a réplica e tréplica.

A defensora pública Tereza Joacy, representante de Jorge, argumenta que ele passava por tratamento no Centro de Atendimento Psicossocial (Caps) das Flores, em Garanhuns, no Agreste, cidade onde os réus respondem por mais duas mortes. Dessa forma, teria distúrbios mentais e não teria tanta consciência da gravidade do crime, portanto, não poderia ser condenado.


A doença mental não ficou comprovada no laudo elaborado pelo psiquiatra forense Lamartine Hollanda, primeira testemunha dessa quinta-feira (13). O exame de sanidade mental foi questionado pela defensora.

Já a tese do advogado de Isabel, Paulo Sales, é de que a acusada teria cometido os crimes por depender emocional e financeira de Jorge.

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