2º dia de julgamento

Advogado de Isabel apela para suposta dependência emocional em debate

Amanda Miranda
Amanda Miranda
Publicado em 14/11/2014 às 15:10
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Paulo Sales tenta incriminar Jorge e ressaltar que Isabel participou do crime por amor a ele / Foto: Luiz Pessoa/ NE10

Paulo Sales tenta incriminar Jorge e ressaltar que Isabel participou do crime por amor a ele Foto: Luiz Pessoa/ NE10

"Uma pessoa que só, sem mais ninguém, é um tormento para si". Foi o que disse o advogado Paulo Sales, defensor de Isabel Cristina, 53 anos, ré no caso dos "canibais de Garanhuns", durante segundo dia de julgamento em Olinda, Grande Recife, nesta sexta-feira (14). O representante usou como estratégia explorar a suposta dependência emocional da acusada em relação a Jorge Beltrão, 51, seu ex-marido por mais 30 anos e também réu no processo. O advogado tentou incriminá-lo e ressaltar que Isabel participou do crime por amor a ele. Enquanto isso, ela chorava e tremia, mantendo a cabeça baixa.

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No início da sua fala de 50 minutos, o advogado fez uma análise do comportamento de Jorge, considerado por ele violento, com poder de liderança e de dominação. Paulo Sales relembrou ainda que Bruna Cristina, 28, a última ré, declarou nessa quinta (13), no seu interrogatório, ter sido agredida pelo acusado algumas vezes.

Com esse argumento, chegou à sua tese: de sugerir que, como acontece na Síndrome de Estocolmo, Isabel teria se afeiçoado ao seu agressor. "Essa senhora abdicou da própria estima em favor dele. Enquanto era acusação contra ela, ficava calada. Quando era com Jorge, balançava a cabeça e dizia não. Vejam a entrega", afirmou.

O advogado tentou convencer os jurados de que houve coação moral irresistível; Isabel sendo influenciada pelo acusado para cometer o crime. "A defesa não nega que houve participação. Levou Jéssica para casa inicialmente com a intenção de criar a filha da vítima", exemplificou. "Como ela iria se desligar de Jorge sem ser uma vítima", disse ainda. Dessa forma, pediu que fosse excluída a culpa dela pelo assassinato, pelo esquartejamento e ocultação do cadáver de Jéssica.

Luiz Pessoa/ NE10
Jorge Beltrão é um dos acusados de canibalismo - Luiz Pessoa/ NE10
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Isabel Cristina, esposa de Jorge, mostra-se a mais abalada do trio - Luiz Pessoa/ NE10
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Bruna Cristina apresentou um comportamento frio no primeiro dia - Luiz Pessoa/ NE10
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Jorge Beltrão é um dos acusados de canibalismo - Luiz Pessoa/ NE10
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Isabel Cristina, esposa de Jorge, mostra-se a mais abalada do trio - Luiz Pessoa/ NE10
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Isabel Cristina, esposa de Jorge, mostra-se a mais abalada do trio - Luiz Pessoa/ NE10
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Jorge Beltrão, 52 anos, Isabel Cristina, 53, e Bruna Cristina, 28, são os réus do julgamento - Luiz Pessoa/ NE10
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Jorge Beltrão, 52 anos, Isabel Cristina, 53, e Bruna Cristina, 28, são os réus do julgamento - Luiz Pessoa/ NE10
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Julgamento dos canibais chega ao segundo dia no Fórum de Olinda - Luiz Pessoa/ NE10
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Promotora Eliana Gaia quer condenação integral para os três - Luiz Pessoa/ NE10
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O trio responde por homicídio quadruplamente qualificado, vilipêndio e ocultação de cadáver - Luiz Pessoa/ NE10
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Promotora Eliana Gaia quer condenação integral para os três - Luiz Pessoa/ NE10
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A juíza Maria Segunda Gomes de Lima é responsável pelo julgamento do trio - Luiz Pessoa/ NE10
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Julgamento dos canibais chega ao segundo dia no Fórum de Olinda - Luiz Pessoa/ NE10
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Julgamento dos canibais chega ao segundo dia no Fórum de Olinda - Luiz Pessoa/ NE10
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O trio responde por homicídio quadruplamente qualificado, vilipêndio e ocultação de cadáver - Luiz Pessoa/ NE10
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Defensora pública de Jorge Beltrão, Tereza Joacy inicou sua fala com a Oração de São Francisco - Luiz Pessoa/ NE10
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Tereza Joacy criticou a acusação: "nem o Código Penal é capaz de especificar [a punição]" - Luiz Pessoa/ NE10
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Isabel Cristina chorou em vários momentos do júri - Luiz Pessoa/ NE10
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Isabel Cristina chorou em vários momentos do júri - Luiz Pessoa/ NE10
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Bruna Cristina não tirou o sorriso dos lábios durante o júri - Luiz Pessoa/ NE10
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Advogado Paulo Sales começou a defesa de Isabel falando sobre Jorge - Luiz Pessoa/ NE10
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Rômulo Lyra, advogado de Bruna Cristina, disse que Jorge seduziu sua cliente - Luiz Pessoa/ NE10
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Além de rir, Bruna Cristina soltou beijinho durante o júri - Luiz Pessoa/ NE10

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