Aprendizado

Ensino bilíngue é oportunidade para crianças desenvolverem segunda língua

Ingrid Cordeiro
Ingrid Cordeiro
Publicado em 31/01/2016 às 14:31
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Aprender inglês pode ser uma dificuldade para um adolescente ou adulto, mas quanto mais cedo o estudo da segunda língua é incorporada ao ser humano, melhor a fluência do indivíduo. / Foto: Ingrid Cordeiro/NE10

Aprender inglês pode ser uma dificuldade para um adolescente ou adulto, mas quanto mais cedo o estudo da segunda língua é incorporada ao ser humano, melhor a fluência do indivíduo. Foto: Ingrid Cordeiro/NE10

Escolher a melhor escola para colocar os filhos não é uma tarefa fácil, pois são inúmeras as linhas de direcionamento, a forma de ensinar. Um desses segmentos educacionais é a escola bilíngue. Aprender inglês pode ser uma dificuldade para um adolescente ou adulto, mas quanto mais cedo o estudo da segunda língua é incorporada ao ser humano, melhor a fluência do indivíduo.

O ensino bilíngue ainda pode ser considerado novo no Recife, já que este fenômeno vem acontecendo há cerca de dez anos na capital pernambucana, mas o número de escolas que já adotaram o bilinguismo em suas práticas vem aumentando nesse tempo. A primeira escola bilíngue da capital foi a Maple Bear, uma rede canadense que encontrou na ABA Global Education uma parceira para implementar o centro de ensino.

Na Maple Bear, as crianças são incentivadas a falar e compreender uma segunda língua, no caso o inglês, desde os 2 anos de idade. "O ideal é que a criança começe aos dois anos, porque até os quatro a imersão é total na língua inglesa e os profressores expõem a segunda língua durante todo o período de aulas da criança", explica Rosário, coordenadora pedagógica da Maple Bear no Recife.

Uma dúvida recorrente dos pais quanto à escolha de uma escola bilíngue é se a criança pode ou não se confundir com as duas línguas e se a alfabetização em outra língua pode interferir de modo negativo no aprendizado do português. Segundo a professora do departamento de psicologia e orientação educacional da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Sylvia Klimsa, a criança convive em um ambiente linguísticamente favorável ao aprendizado da língua materna, no nosso caso a língua portuguesa,  mas aprender uma nova língua não atrapalha o processo de alfabetização . 

No início da aprendizagem, a criança vai adaptando as línguas conforme o contexto em que se encontra. "Não devemos subestimar a capacidade de aprendizado das crianças, pois elas são capazes de desenvolver as duas línguas e isso também é bom para as ligações cerebrais", complementa Rosário.

Juliana Martins, mãe de duas filhas que estudam na Maple Bear, reforça que para os pais colocarem os filhos em escolas como esta também é um sinônimo de aprendizado:" Eu sabia inglês básico para leitura, mas a minha filha de cinco anos já estava chegando com livrinhos e eu precisava acompanhá-la", explica. A mãe disse que optou pelo ensino bilíngue porque acredita que o inglês é importante para o aprendizado das crianças. "A pronúncia no decorrer do tempo é perfeita, porque o trabalho é iniciado cedo. Escolhi esse tipo de escola porque o inglês é uma língua universal para todas as carreiras", comenta.

 

Ingrid Cordeiro/NE10
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Rosário, coordenadora pedagógica da escola Maple Bear. - Ingrid Cordeiro/NE10

 

ESCOLA BILÍNGUE x ESCOLA INTERNACIONAL- Uma confusão que há é sobre o tipo de instituição de ensino. Segundo o Ministério da Educação, escolas bilíngues são aquelas em que o calendário e as diretrizes de ensino brasileiras são seguidas e o ensino da língua portuguesa na alfabetização é priorizado. Já uma escola internacional, como a Escola Americana do Recife, por exemplo, é voltada para o ensino global e segue o calendário do país ao qual pertence. Na Escola Americana, o calendário e conteúdo programático são construídos de acordo com o país à ual a escola pertence, no caso os Estados Unidos. 

De acordo com o parecer de 2009 do MEC para a Escola Internacinal de Brasília, unidades como a Escola Americana possuem todas as autorizações e reconhecimentos legais daquele país (Estados Unidos), para o fim de exercer atividades educacionais em qualquer parte do mundo, uma vez que ela se caracteriza como uma escola internacional, cujo principal objetivo é o de atender aos estadunidenses residentes fora dos EUA e à comunidade estrangeira que se interesse pela realização de uma educação norte-americana. 

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