Flagra

Ex-candidata a vereadora do PSDB é flagrada saqueando loja no ES

Cássio Oliveira
Cássio Oliveira
Publicado em 08/02/2017 às 7:55
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Marcela Ranocchia foi candidata a vereadora pelo PSDB em 2016 / Foto: Reprodução

Marcela Ranocchia foi candidata a vereadora pelo PSDB em 2016 Foto: Reprodução

Filiada ao PSDB, a ex-candidata a vereadora Marcela Ranocchia foi flagrada, nesta semana, saqueando produtos em uma loja em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo. As informações são do jornal Folha do ES.

Nas imagens, Ranocchia está segurando várias sacolas de lojas invadidas por bandidos, na segunda-feira (6), durante o caos que se instalou na cidade.

Por meio de nota, o presidente do PSDB Cachoeiro, Cícero Moura, lamentou o ocorrido e anunciou que irá instaurar processo disciplinar no Conselho de Ética e Disciplina.

Veja a nota do PSDB Cachoeiro:

"O PSDB Cachoeiro vem a público dizer que tomou conhecimento, através das redes sociais, de que uma candidata ao pleito de vereadora no ano de 2016 pelo partido participou dos saques ocorridos em Cachoeiro de Itapemirim, no dia 06/02/17. As medidas cabíveis para a verificação e punição pelo partido já estão sendo adotadas, inclusive com a instauração de processo disciplinar no Conselho de Ética e Disciplina. Confirmado o fato, após a garantia da ampla defesa e do contraditório, será expulsa. O PSDB Cachoeiro repudia veementemente qualquer ato de vandalismo ou de ação criminosa perpetrado por qualquer pessoa, ao mesmo tempo em que afirma que a conduta de um de seus membros não se assemelha aos dos demais participantes da sigla."

Cícero Moura, Presidente do PSDB Cachoeiro de Itapemirim.

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O caos está instalado no Espírito Santo

Só na última segunda, cerca de 200 veículos foram roubados no Espírito Santo

Só na última segunda, cerca de 200 veículos foram roubados no Espírito SantoFoto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Só na última segunda, cerca de 200 veículos foram roubados no Estado, segundo o Sindipol-ES (Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo). O número de ocorrências é dez vezes a média verificada pela Polícia Civil no Estado, que é de 20 casos diários.

Os casos de homicídio também explodiram. Foram contabilizados 75 assassinatos em todo o Estado, de sábado (4), quando teve início o movimento de familiares de policiais militares do Espírito Santo, até essa terça-feira (7), também segundo informações do Sindipol-ES.

Os parentes de policiais militares do Estado montaram acampamento em frente a batalhões da corporação em todo o Estado. Eles reivindicam melhores salários e condições de trabalho para os profissionais. Desde então, sem patrulhamento nas ruas, uma onda de violência tomou diversas cidades. 

A Justiça do Espírito Santo declarou ilegal o movimento dos familiares dos PMs. Segundo o desembargador Robson Luiz Albanez, a proibição de saída dos policiais caracteriza uma tentativa de greve por parte deles.

A Constituição não permite que militares façam greve. As associações que representam os policiais deverão pagar multa de R$ 100 mil caso a decisão seja descumprida.

Parentes de policiais militares do Espírito Santo montaram acampamento em frente a batalhões

Parentes de policiais militares do Espírito Santo montaram acampamento em frente a batalhões Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Espírito Santo (ACS-ES) afirma não ter relação com o movimento. De acordo com o cabo Thiago Bicalho, do 7º Batalhão da Polícia Militar do Estado e diretor Social e de Relações Públicas da associação, os policiais capixabas estão há sete anos sem aumento, e há três anos não se repõe no salário a perda pela inflação.

Segundo o secretário estadual de Segurança Pública, André Garcia, as negociações sobre salários e condições de trabalho de policiais serão feitas apenas quando o patrulhamento na rua for retomado e a situação estiver controlada.

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