Ficar sentado por muito tempo pode trazer prejuízo à saúde Foto: Reprodução/Internet
Bater o ponto no horário certo, cumprir todas as tarefas e fazer um trabalho de qualidade. Pensa que é só com isso que você precisa se preocupar no ambiente de trabalho? É tanta demanda para dar conta que muitas pessoas sequer prestam atenção nos pequenos detalhes que podem comprometer a saúde.
Já parou para pensar, por exemplo, em quanto tempo você passa sentado no escritório? E quanto esse tempo, somado àquele no sofá, no banco do carro ou do ônibus em outros momentos, representa em um dia? Pois fique sabendo que faz mal, sim. Pode a postura estar perfeita, até, mas todo o peso do corpo acaba sustentado somente pela coluna e pela bacia. Quando em pé, esse peso é distribuído também pelas pernas, o que dá uma ajudinha. Moral da história: sentado, a pressão na lombar, parte inferior das suas costas, aumenta em até 40%.
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A dica pode parecer simples, mas é preciso reforçar: pelo menos dois intervalos por turno são necessários.
Atenção à postura é essencialFoto: Reprodução/Internet
Quem atenta para a saúde, cria ainda a própria forma de se cuidar, tentando adequar as medidas necessárias à rotina. "Só fico no computador durante o expediente. Em casa evito e tento relaxar, principalmente pela questão da vista", diz Renato Alves, analista de atendimento e seguidor do NE10 no Periscope. Por causa da constante exposição ao computador, Renato conta que precisou aumentar o grau do óculos para evitar maiores problemas.
O incômodo nos olhos, no entanto, não é exclusividade do analista. "Termino o dia com os olhos vermelhos e sei que é ocasionado pelo trabalho. Às vezes fico tão concentrado que acabo esquecendo de piscar. A médica já me disse que tenho que me policiar e tentar piscar mais vezes para lubrificar a íris", conta o designer gráfico Jef Luka, outro colaborador assíduo do portal.
E além dos problemas ergonômicos, causados por essa nossa interação com as máquinas, empregados de todos os setores ainda estão expostos aos riscos físicos, como ruídos altos que podem comprometer a audição, químicos, em caso de uso de substâncias tóxicas, e psicológicos, como depressão e síndrome do pânico.
"Tomamos como exemplo um vigilante, já que o nível de violência no País é alto. Ele está exposto a ser assaltado ou ferido, por isso pode sofrer com problemas psicológicos. Assim, é necessário que seja afastado para que seja tratado. E, mesmo nesse caso, ele tem direito ao benefício do INSS", explicou o médico do trabalho Fernando Lucena.
Cuidados específicos para cada função
É preciso ainda lembrar que, apesar de algumas indicações médicas estarem destinadas a muitos trabalhadores, outros devem ter atenção a determinadas atividades exercidas. Empregados domésticos, por exemplo, devem estar atentos ao uso de luvas quando precisam usar produtos químicos. Pessoas que trabalham expostas ao sol, como aqueles em lavouras, correm o risco de desenvolver câncer de pele. Na indústria, funcionários que trabalham em lugares de alta temperatura correm o risco de desenvolver a perda do cristalino, levando ao comprometimento da visão.
Ginástica laboral nas empresas
Para melhorar produtividade e saúde dos funcionários, algumas empresas investem na contratação de profissionais de educação física especializados em ginástica laboral. Em Pernambuco, o Serviço Social da Indústria (Sesi) oferece esse serviço às empresas, proporcionando às pessoas a possibilidade de se exercitar no próprio ambiente laboral.
Técnico de Segurança do Trabalho da Tigre, empresa de tubos e conexões localizada em Escada, na Zona da Mata, Marcelo Leandro afirma que a ginástica serve ainda como um momento de descontração, preparando os funcionários para o início da jornada. "Todos participam e fazem exercícios diferentes, relacionados a cada função que é exercida aqui dentro. O exercício é feito três vezes na semana, por mais ou menos quinze minutos. O importante é que evita lesão e faz com que eles comecem o dia mais dispostos, alongados e preparados, evitando possíveis lesões", explicou.
Empresas interessadas em contratar o serviço podem entrar em contato com o Sesi pelo telefone (81) 3412.8330.
Confira no vídeo abaixo a ginástica laboral realizada na redação do Portal NE10 nesta terça: