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Pokémon Go: Esculturas do Recife são terreno fértil para 'procriação' de pokémons

Thiago Vieira
Thiago Vieira
Publicado em 04/08/2016 às 12:50
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A Torre de Cristal, de Francisco Brennand serve como Pokestop / Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem

A Torre de Cristal, de Francisco Brennand serve como Pokestop Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem

Quem começou a jogar Pokémon Go, novo game de realidade aumentada lançado nesta quarta-feira (3) no Brasil, já deve ter percebido que a experiência vai muito além de caçar os personagens fictícios. Como o jogo usa o mundo real como cenário para as ações, alguns jogadores se sentem mais estimulados a saírem de casa para explorar a cidade. 

É o caso de Carlos Antônio. O estudante, de 17 anos, aproveitou o fim da aula e foi com seu amigo, Bruno Santos, até o parque de esculturas ao ar livre que fica localizado no Shopping Recife, em Boa Viagem, na Zona Sul da cidade. Isso porque as "pokestops", locais onde os jogadores podem encontrar itens do universo Pokémon, não ficam em lugares aleatórios e costumam estar geolocalizados em esculturas, pinturas e locais com algum significado. Desse jeito, além de jogar é possível conhecer um pouco da história e aproveitar a arte espalhada pelas ruas e espaços públicos do Grande Recife.

Bruno Santos (esq) e Carlos Antônio (dir) aproveitaram as esculturas do Shopping Recife para jogar

Bruno Santos (esq) e Carlos Antônio (dir) aproveitaram as esculturas do Shopping Recife para jogarFoto: Thiago Vieira/NE10

O NE10 rodou pela cidade em busca de algumas esculturas, tradicionais na paisagem da capital pernambucana, mas que receberam um novo significado e uma nova carga de interesse. Aos garotos, Carlos e Bruno, estavam disponíveis no parque do shopping seis esculturas com pokestops. Não muito longe, nos condomínios ao lado, mais duas. "Eu saí da escola e vim para cá porque percebi que havia vários pokestops e ainda poderia utilizar o wifi do shopping", destacou Carlos Antônio. 

No Recife Antigo, a experiência também acontece. Olhando para o chão, o Marco Zero da cidade agora é também parada obrigatória para os jogadores. Quando próximo ao local, o mapa mostra que do outro lado, atravessando o rio Capibaribe, as esculturas de Francisco Brennand - cartões postais da cidade - guardam outros 5 pokestops, desde a grandeza da Torre de Cristal até os "perus" localizadas ao lado do monumento.

Voltando pela Rua da Aurora, no Centro da Cidade, as esculturas também recebem um significado digital. O Sol Metálico, e o monumento de Movimento de Direitos Humanos, são duas delas. 

Além das expostas ao ar livre, de domínio público, as obras que fazem parte de instituições privadas também servem como pokestops. O prédio da ONS, também na Rua da Aurora é um deles. No Espinheiro, bairro majoritariamente residencial, vários outras são observadas nas esculturas que ficam em frente aos prédios.

Lei obriga prédios a terem obras de arte

Tradicionalmente, a cidade possui um acervo cultural que permite encontrar muitas obras ao longo das ruas. A facilidade de se encontrar esses pokestops também se deve à lei nº 15.592/1992, que obriga todo edifício ou praça pública com área igual ou superior a mil metros quadrados a terem algum objeto de arte, podendo ser pinturas, murais, relevo escultórico ou esculturas em posição de destaque. Ou seja, o Recife é um terreno fértil para procriação de pokémons.

O game foi lançado nesta quarta-feira (4) no Brasil, mas foi muito aguardado desde o seu lançamento internacional. A realidade aumentada dá novo significado à história da cidade e une a memória à evolução digital. O aplicativo está disponível para as plataformas Android e IOS. 

Thiago Vieira/NE10
Marco Zero do Recife - Thiago Vieira/NE10
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O símbolo que marca o ponto central do Recife tem novo significado - Thiago Vieira/NE10
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Torre de Cristal, de Francisco Brennand, no Bairro do Recife - Thiago Vieira/NE10
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Um dos principais pontos turísticos do Recife, a Torre de Cristal, é outro local para gamers - Thiago Vieira/NE10
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Pato, também de Brennand, no Bairro do Recife. - Thiago Vieira/NE10
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Próximo à Torre de Cristal, o Pato também serve como Pokestop - Thiago Vieira/NE10
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Escultura de Mário Melo - Thiago Vieira/NE10
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A escultura de Mário Melo, na avenida de mesmo nome, em Santo Amaro, faz parte do circuito de Pokestops - Thiago Vieira/NE10
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Escultura Fonte Azul - Thiago Vieira/NE10
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No parque de esculturas do shopping Recife, a Fonte Azul e outras obras estão no game - Thiago Vieira/NE10
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Árvore de Pedra, Boa Viagem - Thiago Vieira/NE10
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Esculturas em locais privados também podem servir como pokestop. Como essa em condomínio na Zona Sul do Recife - Thiago Vieira/NE10
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Busto de Augusto Lucena - Thiago Vieira/NE10
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O Busto de Augusto Lucena também faz parte, no início do Bairro do Recife - Thiago Vieira/NE10
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Coqueiral Branco, Santo Amaro - Thiago Vieira/NE10
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A escultura fica dentro do prédio da ONS e funciona como pokestop, na rua da Aurora - Thiago Vieira/NE10
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rainha Iemanjá - Thiago Vieira/NE10
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Também na rua da Aurora, a escultura de Iemanjá situada no prédio de mesmo nome - Thiago Vieira/NE10
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Leda e o Cisne, de Francisco Brennand - Thiago Vieira/NE10
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A escultura também fica na parte interna do shopping Recife, em Boa Viagem - Thiago Vieira/NE10
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Marco Rua da Aurora - Thiago Vieira/NE10
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Monumento homônimo da rua da Aurora conta, além de bela paisagem do rio Capibaribe, com uma pokestop - Thiago Vieira/NE10
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Sol Metálico - Thiago Vieira/NE10
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Também na Aurora, o Sol Metálico faz parte do circuito - Thiago Vieira/NE10

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