Informação biométrica

Cientistas criam sensores autoadesivos para implantes em seres vivos

Renata Dorta
Renata Dorta
Publicado em 20/12/2014 às 17:38
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Inovação abre a possibilidade dos médicos acompanharem de perto órgãos do corpo do paciente de perto.  / Foto: AFP

Inovação abre a possibilidade dos médicos acompanharem de perto órgãos do corpo do paciente de perto. Foto: AFP


Cientistas japoneses desenvolveram uma folha adesiva dotada de pequenos sensores que pode ser colocada diretamente em tecidos vivos, inclusive em partes do corpo com movimentos como as articulações ou o coração.

"Simplesmente colocando-o no corpo como uma compressa, nosso novo sensor detecta a informação biométrica de forma extremamente precisa", informaram os cientistas da Universidade de Tóquio, em um comunicado publicado nessa sexta-feira (19).

Esta invenção abre a possibilidade de implantar sensores que quase não são notados dentro do corpo, o que permite aos médicos fazer um acompanhamento preciso, por exemplo, de um órgão com problemas.

A chave desta inovação é que os especialistas criaram um autoadesivo que impede que os sensores se soltem, mesmo quando o tecido sobre o qual está colocado se movimente, explicaram os cientistas, integrantes de uma equipe do Departamento de Engenharia Elétrica e de Sistemas da Informação, chefiada pelo acadêmico Takao Someya.

Os dispositivos convencionais costumam usar silicone e outros materiais mais rígidos, que podem ser incômodos para quem faz uso deles.

Os sensores são impressos com um intervalo de 4 milímetros em um plástico muito fino, o que permite ao fabricante colocar até 144 sensores individuais em uma folha um pouco maio que uma pastilha de menta.

"Embora atualmente estejamos na fase de experiências com animais, este sensor tipo compressa foi colocado de forma bem sucedida, inclusive em tecidos internos", afirmaram os cientistas, que conseguiram testá-lo no coração de um rato.

Este estudo, realizado com o apoio da Agência de Ciência e Tecnologia, que pertence ao governo, foi publicado na edição de 19 de dezembro da revista Nature Communications.

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