O zika vírus é transmitido por mosquitos e a epidemia teve inicio no nordeste do Brasil. Foto: Johan Ordonez / AFP
Trata-se do primeiro caso na Europa de microcefalia vinculada à epidemia do zika vírus, informaram estas mesmas fontes. Anteriormente um feto com microcefalia provocada pelo vírus havia sido detectado na Eslovênia, mas na ocasião os pais decidiram abortar.
A mulher contraiu o zika em uma viagem a um país estrangeiro, mas as autoridades mantiveram sigilo sobre o país em questão.
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O bebê, cujo sexo não foi revelado por razões de privacidade, está sendo "monitorado" constantemente e os primeiros testes realizados confirmaram que "possui uma circunferência do crânio menor do que a habitual e tem microcefalia", acrescentou.
A microcefalia é uma malformação grave e irreversível caracterizada por um tamanho anormalmente pequeno do crânio no recém-nascido e por déficits neurológicos associados.
O parto foi realizado após quarenta semanas de gravidez. "A evolução da mãe está sendo muito boa", e ela e o pai estão "muito animados" com o nascimento, garantiu a Dra. Elena Carreras, diretora de obstetrícia do hospital. Os médicos se recusaram a dar qualquer informação sobre o bebê e a mãe.
A Espanha é um dos países europeus mais afetados pela epidemia de zika, que atinge principalmente a América Latina e o Caribe. A população originária destas áreas representa 21,8% de todos os estrangeiros no país, e por isso as viagens são frequentes a essas regiões.
De acordo com dados do ministério da Saúde de 22 de junho, no país existem 190 pessoas infectadas com o vírus. Todas elas contraíram a doença em viagens a áreas com zika, excepto em um caso de transmissão sexual na região de Madri.
Esta epidemia de zika, um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, apareceu na América Latina em 2015 e rapidamente se espalhou por toda a região.
O país mais afetado é o Brasil, que em poucos dias receberá uma avalanche de visitantes para os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro.