A descoberta levanta novas interrogações às autoridades sanitárias, que estão lutando por conhecer tudo o possível sobre o zika. Foto: Orlando Sierra/AFP
A descoberta levanta novas interrogações às autoridades sanitárias, que estão lutando por conhecer tudo o possível sobre o zika, aparentemente vinculado ao surto de bebês com microcefalia no Brasil, e um possível risco de transmissão sexual.
Este caso em particular foi detectado em um homem de 68 anos, que se contaminou com o vírus em 2014 durante uma viagem. Ele teve febre, fraqueza e erupções quando retornou à Grã-Bretanha, onde foi diagnosticado com zika.
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"Nossos dados podem indicar a presença prolongada do vírus no sêmen, o que por sua vez poderia indicar um potencial prolongado para uma transmissão sexual", disse.
Em uma reunião em Washington da Associação Americana para o Avanço da Ciência, o diretor do Instituto Americano de Alergias e Doenças Infecciosas, Anthony Fauci, disse que ainda há muito a se pesquisar para saber quanto tempo o zika pode persistir no sêmen do homem. Com o ebola, que vem da mesma família do zika, a pesquisa sobre a permanência no sêmen mostrou que o vírus poderia durar até nove meses em alguns homens.
Fauci explicou que os estudos permitirão determinar quanto tempo os homens terão que se abster de sexo ou usar preservativos após um contágio por zika. Os Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC) pediram à população que viaja ou retorne de países afetados que se abstenha de fazer sexo ou use preservativos.