Alerta

OMS alerta que vírus Zika se propaga de 'maneira explosiva' e anuncia reunião

Thiago Vieira
Thiago Vieira
Publicado em 28/01/2016 às 9:55
Leitura:

Reunião será no dia 1º de fevereiro. / Foto: AFP

Reunião será no dia 1º de fevereiro. Foto: AFP

A epidemia de Zika, aparentemente benigna, mas suspeita de causar má formação congênita, "se propaga de maneira explosiva" no continente americano, alertou nesta quinta-feira a diretora global da OMS, anunciando uma reunião do comitê de emergência em 1º de fevereiro.

"O vírus foi detectado ano passado na região das Américas, onde se propaga de maneira explosiva", afirmou Margaret Chan durante uma reunião de informações para os Estados-membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Genebra.

"Atualmente, casos foram notificados em 23 países e  territórios na região. O nível de alerta é extremamente alto", acrescentou.

Frente a gravidade da situação, Chan decidiu convocar um comitê de emergência em 1º de fevereiro. Os especialistas vão decidir se a epidemia constitui "uma urgência de saúde pública de nível internacional", informou a OMS em um comunicado.

A organização está particularmente preocupada com "uma potencial disseminação internacional".

A OMS também teme uma "associação provável da infecção com má formação congênita e síndromes neurológicas", mas também "pela falta de imunidade entre a população nas regiões infectadas" e a "falta de vacinas, tratamentos específicos e testes de diagnóstico rápidos".

Segundo Chan, "a situação decorrente do El Nino (fenômeno climático particularmente poderoso desde 2015) deve fazer aumentar o número de mosquitos este ano".

Como a dengue e o chikungunya, Zica, cujo nome vem de uma floresta de Uganda onde foi identificado pela primeira vez em 1947, é transmitido através da picada do mosquito Aedes aegypti ou Aedes albopictus (mosquito tigre).

Na América Latina, o país mais afetado pelo Zica é o Brasil.

Apesar de a ligação causal direta entre o vírus e complicações - como microcefalia - ainda não ter sido estabelecida, a Colômbia, El Salvador, Equador, Brasil e Jamaica recomendam que as mulheres não engravidem neste momento.

Mais lidas