Cerca de 182 mil pessoas apresentarão câncer de pele em 2014, alerta o Inca Foto: divulgação
A cada ano as campanhas educativas sobre a importância de evitar a exposição em excesso ao sol ganham mais força. Apesar disso, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), sozinho, o câncer de pele apresenta mais casos no Brasil do que outros 17 tipos da doença.
Atenta a isso, há 15 anos a Sociedade Brasileira de Dermatologia estipulou que 29 de novembro deve ser lembardo como o Dia Nacional de Combate ao Câncer da Pele. Neste sábado, inclusive, todas as cidades brasileiras realizarão atendimentos gratuitos. No Recife, haverá um mutirão de atendimento à população das 9h às 15h, com médicos realizando exames no Parque 13 de Maio, na área central da cidade. Além dos testes, haverá atividades educativas sobre hábitos e medidas para uma exposição solar segura em todas as idades.
O funcionário público Aldo Portela, 55 anos, sentiu na pele o quanto a exposição excessiva ao sol pode ser danosa à saúde. “Há cerca de 20 anos eu gostava muito de caminhar na praia e mexer no jardim da minha casa. Usava apenas um boné e uma camiseta, dificilmente passava protetor solar. Mas um dia senti um ardor na pele – entre o pescoço e a orelha – e resolvi procurar um dermatologista”, relembra Aldo que logo foi encaminhado para um procedimento de retirada da lesão.
“A médica alertou que se tratava de um Carcinoma Basocelular (CBC), um câncer maligno que cresce lentamente. É menos grave, mas não menos perigoso. O tratamento foi rápido e, desde então, tenho tido um pouco mais de cuidado com a minha pele. Mas admito que não me protejo tanto quanto deveria”, revela o funcionário público.
Ilka busca estar sempre protegida contra o sol, mesmo nos momentos de lazerFoto: cortesia/Facebook
Ilka é do tipo de pessoa que não abre mão de um bom – e forte – protetor solar, óculos escuros e chapéu para se proteger dos raios UVA e UVB. Recentemente ela aderiu às roupas como proteção contra os raios ultravioleta. “É um custo que eu não abro mão. Quando o assunto é minha saúde eu prefiro abrir mão de outro investimento para ter o melhor”, comenta a funcionária pública.
A médica Cláudia Magalhães, por sua vez, alerta que o alto custo dos protetores solares e roupas dermatologicamente testadas é uma das causas para que a maioria dos casos de câncer de pele se concentre entre as pessoas de classe social baixa. “Além de estarem mais expostas ao sol nos deslocamento para o trabalho, ou por trabalharem sob o sol, nem todo mundo tem condição de comprar um bom protetor solar, uma camisa UVA ou UVB e ainda tomar medicação que repõe a vitamina D, que nosso corpo produz durante a exposição solar”, destaca a especialista.