O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, diz que o Instituto Nacional de Infectologia, no Rio, será o hospital de referência para tratar eventuais casos de ebola no país Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
A melhor maneira de prevenir casos de ebola no Brasil é ajudar a controlar a epidemia da doença nos países da África Ocidental. A avaliação é do secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa. Segundo ele, o governo brasileiro deve anunciar, nesta sexta-feira (10), um novo pacote de ajuda humanitária para a região, sobretudo a Libéria, Guiné e Serra Leoa.
Na reunião do Conselho Nacional de Saúde, o secretário lembrou que a probabilidade de casos de ebola no Brasil permanece baixa, mas não chega a zero. Entre as estratégias adotadas no país estão a ativação de um centro de operações de emergência em saúde pública que se reúne duas vezes por semana; a criação de um grupo executivo interministerial que se reúne semanalmente; e videoconferências semanais com as secretarias estaduais de saúde.
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Jarbas Barbosa disse que o ministério treinou 60 profissionais para o correto fechamento e despacho de material biológico possivelmente contaminado para o Instituto Evandro Chagas, no Pará, onde os testes para confirmação da doença serão feitos. No próximo dia 16, o ministério fará uma simulação de caso suspeito de ebola em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O treinamento será no Porto de Santos (SP).
"Não é que a gente está prevendo que vão chegar casos. A probabilidade é muito baixa. Mas, se chegar, a gente está preparado", disse o secretário. "A melhor maneira de prevenir é a gente controlar o surto lá na África", reforçou. Outra preocupação, segundo ele, deve ser a melhoria da triagem de saída de passageiros em países atingidos pela epidemia. "Essa também é uma grande proteção para o resto do mundo".
Jarbas disse que o Brasil, até o momento, não registrou nenhum caso suspeito da doença. "Só é considerado suspeito quem vem desses três países onde há transmissão e apresenta sintomas. A África, de uma maneira geral, não tem transmissão de ebola. O que muitas vezes acontece são casos de pessoas de outros países africanos com doenças febris como [a] malária", destacou.