Prevenção

Fórum discute combate à sífilis e HIV após índice preocupante em 8 municípios de PE

Julliana de Melo
Julliana de Melo
Publicado em 09/10/2014 às 19:00
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Oito municípios de Pernambuco concentram 70% dos casos registrados no Estado / Foto: FreeImages

Oito municípios de Pernambuco concentram 70% dos casos registrados no Estado Foto: FreeImages

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) promoveu, na manhã desta quinta-feira (9), no Conselho Regional de Medicina (Cremepe), o Fórum de Discussão sobre Sífilis e HIV/Aids em oito municípios prioritários - Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe, Paulista, Goiana, Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca.

O objetivo do fórum foi discutir estratégias mais eficientes na prevenção e combate da sífilis e do HIV/Aids nos oito municípios, que em 2013 somaram quase 70% dos casos em Pernambuco. O número de casos de Aids no Estado foi 1.529, sendo 933 deles nessas cidades (61,4%). Já os casos de sífilis congênita, chegaram a 945, sendo 667 registrados (70,5%) nessas localidades.

Participaram do fórum a Secretaria Estadual de Saúde, profissionais de saúde e equipes técnicas das áreas de Assistência, Vigilância Epidemiológica, Atenção Básica, Saúde da Mulher, Saúde da Criança, Regulação, Laboratório, Programa Municipal de DST//HIV/Aids, Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) e Serviço de Atendimento Especializado (SAE).

De acordo com François Figueirôa, coordenador da Secretaria Estadual de Saúde para combate de DTS/Aids, foi percebido no encontro a necessidade de ampliar o número de campanhas preventivas ao ano, principalmente para diferentes públicos e também a nível municipal; ampliar o acesso e agilidade ao diagnóstico, em especial ao de coinfecção de tuberculose e HIV – no soropositivo é quando organismo sofre com duas ou mais doenças ao mesmo tempo; capacitação dos profissionais e a criação de novos SAEs.

DOENÇAS
- A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum, que além da relação sexual pode ser transmitida pela mãe para o bebê ainda na barriga. Caso a doença não seja tratada, o feto pode morrer ou sofrer má formação. Se sobreviver, a criança pode desenvolver problemas de audição, visão ou até no sistema ósseo.

Os sintomas aparecem nas duas primeiras fases da doença, com uma ferida no órgão genital, que não dói, desaparece rápido, e é transmitida mais facilmente. O terceiro estágio não apresenta sintoma, mas a doença não está curada. É necessário realizar um exame em qualquer posto de saúde ou Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) para identificá-la.

O tratamento da sífilis é feito por meio de antibióticos, especialmente penicilina, de forma gratuita nos postos de saúde do Estado.Deve ser acompanhado com exames clínicos e laboratoriais para avaliar a evolução da doença.É importante que o casal realize o tratamento completo e, no caso de gestantes, este deve se feito até 30 dias antes do parto, para evitar transmissão vertical.

A Aids ainda não tem cura, mas a doença pode ser tratada com medicamentos, para que o indivíduo tenha uma vida comum. Esta é causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), e também pode ser passada da mãe para o bebê, além de pelo sangue contaminado.

A Aids pode se manifestar por meio de infecção parecida com a gripe ou mononucleose com febre, adenopatia, faringite, dor muscular, tuberculose entre outras, mas também pode ter uma fase assintomática, que pode durar meses e até anos. A pessoa também pode apresentar doenças “oportunistas” de menor gravidade, como sapinho, diarreia, febre, entre outras.

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