Omertà

Ex-ministro Antonio Palocci é preso em nova operação da Lava Jato

Thiago Vieira
Thiago Vieira
Publicado em 26/09/2016 às 7:25
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Palocci foi ministro da Fazenda no governo Lula e da Casa Civil no governo Dilma / Foto: Agência Brasil

Palocci foi ministro da Fazenda no governo Lula e da Casa Civil no governo Dilma Foto: Agência Brasil

O ex-ministro Antonio Palocci foi preso na manhã desta segunda-feira (26) durante a 35º fase da Operação Lava Jato, chamada Omertà, segundo a BandNews TV. A prisão foi efetuada porque Palocci teria pedido, através do doleiro Alberto Youssef, a quantia de R$ 2 milhões da cota de proprinas do Partido Progressista (PP) para a campanha presidencial da ex-presidente Dilma Roussef em 2010. 

Antonio Palocci foi ministro da Fazenda no governo Lula e da casa Civil no governo de Dilma e, segundo a Polícia Federal (PF), há indícios de que ele teria atuado como intermediário entre um grupo político ligado à Odebrecht, propiciando vantagens econômicas em diversas áreas do Poder Público à empreiteira. Uma das acusações está a acusação de interferência em processo licitatório de 21 navios para a Petrobras. Os crimes são, dentre outros, corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Operação Omertà foi deflagrada em 6 estados e o Distrito Federal

A 35º fase da Operação Lava Jato cumpre na manhã desta segunda-feira (26) 45 ordens judicais, sendo 27 mandados de busca e apreensão, 3 mandados de prisão temporária e 15 mandados de condução coercitiva. Cerca de 180 policiais cumprem as ordens em cidades dos estados de São Paulo, Espírito Santo, Bahia, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do Distrito federal.

Nome Omertà tem relação com o codinome usado entre envolvidos

O nome da operação foi escolhido em alusão ao codinome usado para se referir ao ministro Antonio Palocci como 'italiano'. Além disso, também tem relação ao voto de silêncio que existia no grupo Odebrecht e que, ao ser quebrado, gerou o aprofundamento nas investigações.

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