Pró-Dilma

Manifestantes gritam "não vai ter golpe" em ato contra impeachment em todo País

Rafael Paranhos da Silva
Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 18/03/2016 às 20:49
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Os manifestantes gritam "não vai ter golpe" em diversos momentos em todas as capitais do País / Foto: Paulo Pinto/ Agência PT

Os manifestantes gritam "não vai ter golpe" em diversos momentos em todas as capitais do País Foto: Paulo Pinto/ Agência PT

Manifestantes reuniram-se na tarde desta sexta-feira (18) na Avenida Paulista, em frente ao Museu de Arte de São Paulo. Muitos compareceram vestidos de vermelho, com apitos, bexigas e faixas, pedindo a defesa da democracia e também a manutenção da presidente Dilma Roussef no governo. Os manifestantes gritavam "não vai ter golpe" em diversos momentos.

O ato reuniu muitas pessoas em um clima bem descontraído e pacífico, com muitas bandeiras, bexigas e balões vermelhos, alguns com logotipos da CUT e do PT, e outros sem nenhuma imagem. Os manifestantes carregavam uma bandeira com uma imagem da presidente Dilma jovem, na época em que foi presa na época da ditadura. Representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central de Trabalhadores do Brasil (CTB), da Frente Brasil Popular, de vários sindicatos, como bancários e professores, discursavam nos carros de som desde o fim da tarde.

A presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira Leite, disse que o povo tem que ir para a rua dizer "não vai ter golpe", referindo-se ao impeachment de Dilma. Além disso, sobre os casos de enfrentamento entre pessoas com divergências políticas, ela disse que "não podemos responder o ódio com ódio".

Rodrigo Lopes Marcelino, 37, agente penitenciário, está nas ruas "contra a tentativa de golpe" ao lado de sua esposa, 42, e de sua filha, 14. Segundo ele, o que era uma crise econômica mundial foi transformado em política para beneficiar grupos de elite. "Eles não querem uma divisão da riqueza produzida no país, querem só pra eles e manipulam a opinião pública".

"Eu vim para a rua junto com a minha família para lutar pela democracia, lutar pelo acesso às conquistas que estão sendo feitas no campo social. Hoje temos milhões de universitários jovens que não tinham acesso à universidade. Hoje as famílias tem algum acesso a bens que não tinham. Então para a continuação dessa política, contra todo tipo de preconceito, contra todo tipo de conservadorismo e de monopólio é que estamos aqui", disse.

BRASÍLIA - Na capital federal, manifestantes a favor do governo Dilma Rousseff e contra o processo de impeachment estão reunidos no Museu da República, no início da Esplanada dos Ministérios. O ato é organizado pela Frente Brasil Popular, e os manifestantes levam cartazes com frases de apoio a Dilma e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra o que chamam de golpe.

"Esse é um ato em defesa da democracia, contra o golpismo e o fascismo que está explodindo no país. Estamos defendendo a mudança de discurso no Congresso, que pare de discutir só o golpe e que encaminhe avanços nos direitos da classe trabalhadora", disse o secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores do Distrito Federal (CUT-DF), Rodrigo Rodrigues.

Políticos como o ex-ministro Gilberto Carvalho e deputados do PT e da base aliada fazem discursos e dividem o carro de som com artistas locais, que apresentam músicas intercaladas com palavras de ordem.

RIO DE JANEIRO - A manifestação contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff reúne manifestantes na Praça XV, no centro da cidade. Eles carregam cartazes e defendem a permanência da presidenta. Os manifestantes também fazem um ato de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "Ministro Lula estamos com você", diz um dos cartazes. Também há faixas pedindo a saída do presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha.  #ForaCunha #FicaDilma, pedem os cartazes.

Para a atriz Letícia Sabatella, que participa do ato no Rio, o objetivo em comum entre todos os movimentos presentes nas manifestações de hoje é a luta pela democracia e o combate à corrupção, mas não a que atinge apenas um grupo. "Vamos fazer uma reforma política, vamos lutar por esta reforma para que a gente limpe todos os focos de corrupção. E não apenas pegar um bode expiatório e dizer que esse é o grande corrupto. Vamos olhar onde está a corrupção, ver porque ela existe e porque o sistema funciona desta maneira", afirmou.

SALVADOR - Militantes, estudantes e representantes de centrais sindicais e movimentos sociais da Bahia realizam um ato contra o impeachment desde o início da tarde desta sexta em Campo Grande, região central da cidade. Segundo a Polícia Militar, mais de 70 mil pessoas acompanharam a passeata que seguiu em direção à Praça Castro Alves.

Adesivos com a frase "Nao ao golpe" e máscaras satirizando o juiz Sérgio Moro (que aparece com um nariz de tucano, em referência ao PSDB) foram distribuídos entre os manifestantes que seguiram em caminhada cantando e tocando tambores.

FORTALEZA - Organizada pela Frente Brasil Popular, a manifestação contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff começou à tarde e percorreu as ruas do centro da capital cearense até chegar à Praça do Ferreira no começo da noite desta sexta.  Conhecida como o "coração da cidade" e por outros como a "cara da cidade", a praça também fica na área central de Fortaleza.

O ato reuniu representantes dos diversos grupos que fazem parte da frente, como sindicatos e entidades da sociedade civil, mas atraiu também profissionais de outros setores, como jornalistas e advogados e cidadãos sem vínculos com entidades.

RIO GRANDE DO SUL - Milhares de pessoas se reuniram nesta sexta no Centro Histórico de Porto Alegre em ato contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Desde as 17h, os manifestantes ocuparam várias quadras próximas ao cruzamento entre a Avenida Borges de Medeiros e a Rua dos Andradas, popularmente conhecida por Esquina Democrática.

De acordo com estimativa da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, 10 mil pessoas participaram da manifestação. A caminhada pelas ruas do centro da capital gaúcha foi iniciada às 19h30 e encerrada pouco depois das 20h30.

MANAUS - A manifestação contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff levou cerca de 2,8 mil pessoas à Avenida Sete de Setembro, no centro de Manaus, conforme cálculo da Polícia Militar (PM) do Amazonas. Os participantes do ato defendem ainda a democracia e os direitos sociais.

A concentração começou por volta das 16h, no Largo São Sebastião, em frente ao Teatro Amazonas. Inicialmente estimado em cerca de 500 participantes, o protesto foi crescendo ao logo do dia, com a realização de uma passeata pelas ruas da cidade.

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