Barragens em Mariana

Dilma quer que Samarco pague "bolsa" a ribeirinhos atingidos por lama

Rafael Paranhos da Silva
Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 17/11/2015 às 19:59
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Dilma quer que a Samarco levante o número de famílias ribeirinhas prejudicadas com o rompimento das barragens / Foto: Reprodução

Dilma quer que a Samarco levante o número de famílias ribeirinhas prejudicadas com o rompimento das barragens Foto: Reprodução

A presidente Dilma Rousseff pediu que sua equipe cobre da mineradora Samarco e suas controladoras, Vale e BHP, ações para ajudar as populações ribeirinhas atingidas na tragédia de Mariana (MG), entre elas, oferecer uma espécie de "bolsa-estiagem" ou "bolsa-defeso" para as famílias que dependem da agricultura e da pesca.

Segundo a reportagtem apurou, Dilma quer que a Samarco levante o número de famílias ribeirinhas prejudicadas com o rompimento de duas barragens na região de Mariana, há duas semanas, para que a mineradora providencie as ações que o governo tem chamado de "pós-emergenciais", o que incluiria, por exemplo, as bolsas-auxílio.

A Samarco, porém, informou nesta terça-feira (17) ao Planalto que ainda não fez esse levantamento, mas, segundo auxiliares da presidente, disse que está trabalhando para entregá-lo o quanto antes.

Dilma já delegou à mineradora todos os custos para recuperar os municípios atingidos pelo rompimento das barragens porque, segundo tem dito a aliados, "não é papel" do governo federal assumir as despesas de uma tragédia provocada por empresas privadas.

Agora, defende a presidente, é preciso que a mineradora garanta ações "pós-emergenciais" na região atingida.

REUNIÃO COM GOVERNADORES - A presidente recebe nesta terça, no Palácio do Planalto, os governadores de Minas Gerais, Fernando Pimentel, e do Espírito Santo, Paulo Hartung, para pedir "ação conjunta" dos governos estaduais com a União no enfrentamento da situação nas áreas atingidas nos dois estados.

Isso porque, afirmam auxiliares de Dilma, o acordo entre Samarco e o Ministério Público de Minas Gerais com previsão do pagamento de R$ 1 bilhão para arcar com os danos decorrentes da tragédia em Mariana não teve o aval do governo federal.

A AGU (Advocacia-Geral da União) e o Ibama preparam uma ação civil pública com os cálculos que devem superar o R$ 1 bilhão para a reparação de danos.

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