Pós-manifestações

Dilma vai se reunir com ministros neste domingo para avaliar protestos

Maria Luiza Veiga
Maria Luiza Veiga
Publicado em 16/08/2015 às 16:30
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Dilma Rousseff receberá no Palácio da Alvorada, os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Edinho Silva (Comunicação Social) e José Eduardo Cardozo (Justiça), para avaliar as manifestações  / Foto: AFP

Dilma Rousseff receberá no Palácio da Alvorada, os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Edinho Silva (Comunicação Social) e José Eduardo Cardozo (Justiça), para avaliar as manifestações Foto: AFP

A presidente Dilma Rousseff receberá, a partir das 17h, no Palácio da Alvorada, um grupo pequeno de ministros, entre eles Aloizio Mercadante (Casa Civil), Edinho Silva (Comunicação Social) e José Eduardo Cardozo (Justiça), para avaliar as manifestações pelo país. O ministro da Justiça está acompanhando o protesto de seu gabinete, na Esplanada dos Ministérios.

O Palácio do Planalto ainda não decidiu se haverá um pronunciamento oficial do governo sobre as manifestações. A decisão será tomada na reunião desta tarde. Uma análise mais detalhada do protesto será feita nesta segunda-feira na reunião de coordenação política.

O monitoramento feito pelo governo nas redes sociais indicava que as manifestações não seriam tão grandes como as de março, que levaram às ruas cerca de 2 milhões de pessoas em todo o país, mas superariam os protestos de abril. Também seriam protestos mais concentrados em algumas cidades, como São Paulo, Rio e Brasília.

PROTESTO É UM TERMÔMETRO PARA O PLANALTO - As manifestações foram impulsionadas pela crise econômica, pela convulsão política que toma conta de Brasília e, sobretudo, pelas denúncias de corrupção ligadas à Operação Lava-Jato. Grupos como o Movimento Brasil Livre (MBL), Revoltados OnLine e o Vemprarua.net mobilizaram as redes sociais nas últimas semanas para encher as ruas com brasileiros que estão descontentes com os rumos do governo federal.

As manifestações vão servir como termômetro para o Planalto e a oposição definirem os próximos passos no xadrez da crise política. Após uma semana em que o governo Dilma reagiu e obteve algumas vitórias, como o adiamento do julgamento pelo TCU das contas de Dilma e a reaproximação com o presidente do Senado, Renan Calheiros, a mobilização popular mostrará quem hoje está mais forte.

Em abril, cerca de 700 mil pessoas foram para as ruas, segundo estimativas oficiais, em 224 cidades, número bem menor que em março, quando 2 milhões de pessoas, também segundo estimativas da Polícia Militar, participaram de protestos em 252 cidades.

Desta vez, o PSDB, principal partido da oposição, resolveu apoiar oficialmente as manifestações. Em comerciais na TV, o partido convocou a população. A adesão nas redes sociais, porém, tem se mostrado menor. Os perfis dos movimentos Brasil Livre, Vem Pra Rua e Revoltados Online — organizadores dos atos — registravam na última sexta-feira cerca de 250 cidades mobilizadas. Em março, às vésperas de protesto naquele mês, eram mais de 400.

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