Lava Jato

José Dirceu é preso em nova fase da Lava Jato

Marcella César de Albuquerque Falcão
Marcella César de Albuquerque Falcão
Publicado em 03/08/2015 às 8:05
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Cerca de 200 policiais cumprem 40 mandados judiciais em Rio, Brasília e São Paulo - dos quais três são de prisão preventiva, cinco de prisão temporária e 26 de busca e apreensão / Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

Cerca de 200 policiais cumprem 40 mandados judiciais em Rio, Brasília e São Paulo - dos quais três são de prisão preventiva, cinco de prisão temporária e 26 de busca e apreensão Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, foi preso na manhã desta segunda-feira (3) em Brasília, na 17 ª fase da Operação Lava-Jato. Outras sete pessoas foram presas.

Cerca de 200 policiais cumprem 40 mandados judiciais em Rio, Brasília e São Paulo - dos quais três são de prisão preventiva, cinco de prisão temporária, seis de condução coercitiva e 26 de busca e apreensão. Foram decretadas ainda medidas de sequestro de imóveis e bloqueio de ativos financeiros. Entre os crimes investigados estão: corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

A fase recebeu o nome de Pixuleco, termo que, segundo o presidente da UTC, Ricardo Pessoa, era utilizado por João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, para nominar a propina. Pessoa é considerado o chefe do chamado “cartel das empreiteiras”, que teriam sido beneficiadas em contratos com a Petrobras. Pessoa fez delação premiada.

O ex-ministro José Dirceu foi preso pouco depois das 6h. Ele estava na casa onde reside com a mulher e uma filha. Dirceu já foi levado para a Superintendência da PF em Brasília e deve ser transferido para Curitiba ainda nesta segunda-feira. Segundo investigadores, a Justiça Federal decretou prisão preventiva do ex-ministro.

O advogado do ex-ministro, o criminalista Roberto Podval, confirmou na manhã desta segunda a prisão de seu cliente.

"Só tivemos acesso ao mandado de prisão. Ele foi preso em sua casa, em Brasília. Ainda não sabemos em que horário será levado para Curitiba"  disse Podval.

O defensor lembrou ter tentado acesso ao inquérito que investigava a participação do ex-ministro em crimes relacionados à Petrobras e a contratos com o poder público, mas o pedido foi negado pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Criminal da Justiça Federal, em Curitiba.

Haverá uma entrevista coletiva às 10h da Força-Tarefa da Lava-Jato em Curitiba, para dar mais detalhes desta operação.

"Essa fase se concentra no cumprimento de medidas cautelares em relação a pagadores e recebedores de vantagens indevidas oriundas de contratos com o Poder Público, alcançando beneficiários finais e laranjas usados nas transações", diz a nota da PF anunciando a operação.

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