Segurança

Procurador-geral da República afirma que sua casa foi arrombada e invadida

Júlio Cirne
Júlio Cirne
Publicado em 27/02/2015 às 17:18
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"Não sou uma pessoa assombrada", disse o procurador  / Foto: Reprodução

"Não sou uma pessoa assombrada", disse o procurador Foto: Reprodução

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou nesta sexta-feira (27) que sua casa, em Brasília, foi arrombada e invadida no final de janeiro e que, por isso, desde então ele recebe relatórios do serviço de inteligência sobre sua segurança.

"Não sou uma pessoa assombrada. Mas alguns fatos concretos têm me levado a adotar regras de contenção", disse ele em Uberlândia, Triângulo Mineiro, onde acompanha um ato de repúdio ao atentado contra um promotor daquela região.

Segundo Janot, os ladrões ficaram oito minutos dentro do imóvel e lá tinha uma pistola com três carregadores, máquina fotográfica e outros objetos de valores. Mas eles levaram só o controle do portão, disse o procurador-geral.

Um forte esquema de segurança cerca o prédio da OAB -local do evento- para receber Janot um dia após o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ter revelado que a segurança do procurador-geral corre risco.
Segundo Janot, desde que sua casa foi arrombada, ele passou a receber relatórios do setor de inteligência do governo. "Parece que aumentou um pouco o risco [à segurança dele]."

Para ele, não há relação entre o aumento de risco a sua segurança e as investigações da Operação Lava Jato, que apura atos de corrupção na Petrobras. Na próxima semana, ele vai apresentar ao Supremo Tribunal Federal a lista de políticos envolvidos no esquema.
No evento em Minas, foram escalados 80 homens -entre eles, três atiradores estão distribuídos pela avenida Rondon Pacheco, que foi bloqueada para o evento.

SEGURANÇA - Nessa quinta (26), Cardozo avisou a Janot que a área de inteligência do governo detectou um aumento do risco contra ele sugeriu que sua segurança fosse ampliada.
Na ocasião, Cardozo não tinha detalhado essas ameaças, mas disse que há "radicais se avolumando em vários segmentos", e sugeriu que o procurador adotasse precauções adicionais.

A inteligência do governo estaria monitorando, ainda, riscos a outras autoridades, não detalhados no encontro.
O ato em Uberlândia é contra o atentado sofrido pelo promotor Marcus Vinícius Ribeiro Cunha, que levou três tiros na noite de sábado (21), em Monte Carmelo.

Cunha teve alta médica nesta quinta e, segundo o promotor Bruno Lintz, não vai voltar a trabalhar em Monte Carmelo.

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