Repercussão

Por essa não esperava, dizem petistas sobre Bendine na Petrobras

Júlio Cirne
Júlio Cirne
Publicado em 06/02/2015 às 10:56
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Aldemir Bendine deve assumir o comando da Petrobras após a renúncia de Graça Foster / Foto: Reprodução

Aldemir Bendine deve assumir o comando da Petrobras após a renúncia de Graça Foster Foto: Reprodução

A escolha de Aldemir Bendine para a presidência da Petrobras pegou petistas de surpresa. Ele ocupava a presidência do Banco do Brasil desde 2009. Reunidos para encontro do Diretório Nacional, que antecede festa dos 35 anos do PT, em Belo Horizonte, dirigentes diziam mais cedo que esperavam a nomeação de Luciano Coutinho (BNDES) para a vaga de Graça Foster.

"Por essa eu não esperava. Surpresa", disse Marcelo Sereno, ex-assessor de José Dirceu e candidato a deputado federal em 2014. Nos bastidores, petistas avaliam que a indicação de Bendine pode "reascender" o "tiroteio" contra ele.

"Não tem perfil para gerenciar uma crise dessa dimensão. Ficou desestabilizado só com as porrada que tomou no banco", avaliou, reservadamente, um dirigente da alta cúpula do PT, referindo-se às denúncias de corrupção da estatal.

A indicação não agradou ao mercado; as ações da Petrobras desabaram mais de 6% após a indicação do novo presidente. O Banco do Brasil foi acusado de driblar a regra do banco para conceder um empréstimo a uma amiga de Bendine, Val Marchiori.

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