Aécio criticou o governo por dividir o Brasil entre "nós e eles" Foto: Orlando Brito/Coligação Muda Brasil/Divulgação
O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, criticou suas principais adversárias, Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) em suas considerações finais, no debate da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Já Marina reiterou que não apoia embates e Dilma frisou que quem ganhará as eleições é quem "mudou o Brasil".
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Na sequência, Marina reiterou que as eleições não precisam de embate, mas sim de debate. A ex-ministra voltou a dizer que seus adversários ainda não apresentaram seus programas de governo. "Quem vai ganhar as eleições é uma nova postura, principalmente do cidadão brasileiro, que identifica no nosso projeto uma mudança para melhorar o País", disse.
Dilma respondeu logo em seguida que quem vai ganhar as eleições é "quem mudou o Brasil, quem combateu a fome e a miséria neste País, quem reduziu a desigualdade social e quem combateu essa crise e defendeu o País sem deixar que houvesse desemprego e diminuição dos salários". Ela apontou que ainda há muito a ser feito para que o Brasil entre em um novo ciclo de crescimento.
O candidato do PSDC, José Maria Eymael, concluiu sua participação no evento ressaltando sua passagem pela Assembleia Nacional Constituinte, enquanto Eduardo Jorge (PV) disse que se portou com clareza e transparência, sem se esconder em nenhum momento. "O PV está disposto a construir o Brasil com quem quiser dialogar conosco", disse.
Luciana Genro (PSOL), por sua vez, lembrou das manifestações de junho de 2013 e destacou que é possível conquistar mais direitos "desde que se tenha coragem de enfrentar interesses dos bancos e dos milionários". Pastor Everaldo (PSC) voltou a defender suas principais visões, como tem feito em todas as considerações finais. Já Levy Fidélix (PRTB) afirmou que, daqui quatro anos, continuará "faltando de tudo porque a nossa mesmice vai continuar" e disse que Jesus Cristo estava com os pobres, não com os fariseus.
Após o fim do debate, a presidente Dilma disse, em entrevista, que a desinformação é um grave pecado "porque é uma meia verdade". Já Aécio voltou a dizer que tem as melhores propostas para enfrentar os problemas do Brasil. "Cada vez eu me animo mais, está chegando o momento da onda da razão", disse. Marina repetiu, ao ser entrevistada, que seus principais adversários ainda não apresentaram seus programas de governo e os criticou por terem polarizado ataques. "Para a face da mentira, a verdade. Para a face do preconceito, que muitas vezes eu sofro, o respeito", disse, citando também o caso de corrupção na Petrobras.