Ministério Público

PGR é contra permanência de Arruda na disputa no Distrito Federal

Ana Maria Miranda
Ana Maria Miranda
Publicado em 18/07/2014 às 22:12
Leitura:

Arruda foi condenado com base nas acusações de ter participado do Mensalão do DEM / Foto: Elza Fiúza/ABr

Arruda foi condenado com base nas acusações de ter participado do Mensalão do DEM Foto: Elza Fiúza/ABr

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu nesta sexta-feira (18) a cassação da candidatura de José Roberto Arruda (PR) ao governo do Distrito Federal. O procurador, que também atua no âmbito eleitoral, ressaltou que caso o candidato permaneça na disputa e consiga ser eleito, o Ministério Público irá recorrer para tentar impedir a diplomação de Arruda.

"Na minha opinião é causa de impugnação sim. Tem ampliação da Lei da Ficha Limpa agora. E se por acaso essa tese jurídica não for vitoriosa na Justiça Eleitoral, o que eu confio que será, vamos para a segunda etapa de recursos", afirmou Janot em entrevista em Brasília.



O Ministério Público Eleitoral (MPE) do Distrito Federal impugnou na última quarta-feira, 16, a candidatura de Arruda com base na Lei Ficha Limpa. No entendimento do procurador regional eleitoral do DF, Elton Ghersel, Arruda deve ser enquadrado nas regras de inelegibilidade em razão de ter sido condenado pelo Tribunal de Justiça do DF em decisão colegiada.

A decisão da Corte do DF ocorreu no último dia 9 com base nas acusações contra o candidato de ele ter participado do esquema que ficou conhecido como o Mensalão do DEM, partido ao qual era filiado quando comandou o DF entre 2006 e 2010. De acordo com a Justiça Eleitoral, as condenações por improbidade administrativa e enriquecimento ilícito são as causas de inelegibilidade do candidato. Uma palavra final sobre o futuro de Arruda na disputa ainda deverá ser dada pela Justiça Eleitoral.

Mais lidas