Fisiologismo

Comissão dá um mês para Padilha responder sobre fala de troca de votos

Priscila Miranda
Priscila Miranda
Publicado em 21/02/2017 às 0:07
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Padilha admitiu que o governo escolhe seus auxiliares com base no número de votos que eles podem garantir no Congresso / Foto: Agência Brasil

Padilha admitiu que o governo escolhe seus auxiliares com base no número de votos que eles podem garantir no Congresso Foto: Agência Brasil

O presidente da Comissão da Ética Pública da Presidência da República, Mauro Menezes, informou nesta segunda-feira, 20, que o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, terá 30 dias para prestar esclarecimentos ao colegiado sobre suas declarações admitindo troca de votos no Congresso por espaço na Esplanada dos Ministérios.

Segundo Menezes, a apuração se deu por conta de representações apresentadas por parlamentares do PT e o relator do caso será o conselheiro Marcelo Figueiredo. Procurada, a Casa Civil informou apenas que o ministro "irá responder dentro do prazo estabelecido".

Conforme revelado pela Coluna do Estadão, em uma palestra na Caixa Padilha admitiu que o governo escolhe seus auxiliares com base no número de votos que eles podem garantir no Congresso. Foi assim, relatou, com o ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP) "A Saúde é de vocês, mas gostaríamos de ter um notável", contou ter dito ao PP.

"Diz para o presidente que nosso notável é o deputado Ricardo Barros", respondeu a sigla. "Vocês garantem todos os votos do partido nas votações?". "Garantimos". "Então o Ricardo será o notável", disse Padilha a uma plateia de executivos do banco. 

"Nosso objetivo era chegar aos 88% de apoio no Congresso. Não há na história do Brasil um governo que tenha conseguido 88% do Congresso. Isso Vargas não teve, JK não teve, FHC não teve, Lula não teve, só nós que conseguimos", disse o ministro na ocasião.

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