Temer diz que País precisa de uma "vacina contra o populismo fiscal"

• “Trava nos gastos públicos em 2017 está garantida”, diz ministro
• PEC que limita gastos públicos deve ser aprovada este ano, diz Rodrigo Maia
• PEC dos gastos públicos será votada em primeiro turno até dia 11, diz relator

O presidente Michel Temer se mostrou bastante incomodado nesta sexta-feira (30) com os questionamentos sobre o projeto que estipula um limite para a expansão dos gastos públicos do País. De acordo com o presidente, se não houver uma reforma fiscal, a dívida bruta da União chegará a 100% do Produto Interno Bruto em 2024 e isso levaria o Brasil à falência.

Temer disse que é necessário uma "vacina contra o populismo fiscal" e o reequilíbrio das contas. Para ele, a proposta é essencial, pois pretende proteger a parcela mais vulnerável da população. "Pode parecer uma PEC elitizada, mas não é. Se controlarmos os gastos públicos, há repercussões positivas em todos os setores", disse o presidente.

Michel Temer falou como convidado para empresários e convidados na sede da revista "Exame", em São Paulo, e disse ainda que o teto será estendido aos Estados e que tem certeza da aprovação da PEC no congresso.

PEC DOS GASTOS PÚBLICOS - O relatório da proposta de emenda à Constituição (PEC) 241/2016, que limita os gastos públicos nos próximos 20 anos, será lido na terça-feira (4) na comissão especial da Câmara, disse nesta quarta-feira (28) o relator do texto, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS). Segundo ele, a ideia é aprovar o texto na quinta-feira (6) e levar a proposta para votação em primeiro turno no plenário da Casa nos dias 10 e 11 do próximo mês.