Rebelião

Corpos foram jogados em fossa na Penitenciária de Alcaçuz

Rafael Paranhos da Silva
Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 20/01/2017 às 21:25
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Grande parte dos mortos foi identificada pelos apelidos, a partir da ajuda de outros colegas de cela / Foto: AFP

Grande parte dos mortos foi identificada pelos apelidos, a partir da ajuda de outros colegas de cela Foto: AFP

  A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do Norte confirmou, no fim da tarde do último domingo, 15, que 27 presos foram mortos na rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz e no Pavilhão Rogério Coutinho Madruga, nos arredores de Natal. Alguns cadáveres foram encontrados dentro de uma fossa em frente ao Pavilhão 4 de Alcaçuz, onde a maioria dos apenados foi morta. Nele, cerca de 200 homens circulavam soltos, pois as celas estão destruídas desde março de 2015.

A remoção dos corpos para o Instituto Técnico de Perícia (Itep-RN) foi feita em caminhonetes abertas. Os corpos foram acomodados em sacos mortuários e passaram a noite numa carreta frigorífica que esteve estacionada ao lado da sede do Instituto, mas por motivos de segurança seguiu para o Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, na zona leste da capital potiguar, onde permaneceu até a manhã da segunda-feira, 16, para início do procedimento de identificação dos mortos no Itep. A maioria dos mortos foi decapitada e há muitos esquartejados.

Listagem das vítimas

Grande parte dos mortos foi identificada pelos apelidos, a partir da ajuda de outros colegas de cela sobreviventes ao ataque da facção rival. Entidades ligadas à Defesa dos Direitos Humanos buscam obter mais detalhes quanto ao número de mortos, pois os familiares dos detentos acusam o governo do Estado de omitir informações.

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