O contingente deslocado para a região será formado principalmente por homens do Exército. Foto: AFP.
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Faria disse ter falado por telefone com o ministro da Justiça, Alexandre Moraes, pedindo o envio da força de segurança, sob autorização do presidente da República, para patrulhamento das ruas da capital potiguar. Desde a tarde dessa quarta-feira (18) vários ônibus e carros do governo estadual foram incendiados e prédios públicos também sofreram ataques.
O mandatário afirmou que as investidas são uma "retaliação" por o governo ter decidido separar integrantes das facções Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Sindicato do Crime do RN (SDC) por meio da transferência de detentos dos pavilhões 1 e 2 - dominado pelo SDC. "Ambos estão retaliando o governo", disse faria na entrevista à rádio.
A situação no Estado do Rio Grande do Norte se agravou após o motim que deixou 26 mortos na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, localizada na Grande Natal. A Polícia Militar voltou a entrar no presídio para transferir 220 homens ligados à facção Sindicato do Crime (SDC), que prometeu retaliações.
Conforme apurou o portal Tribuna do Norte, o governador definiu em reunião com o Ministério Público, que o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar vai entrar ainda nesta quinta-feira em Alcaçuz para "pacificar" a unidade prisional. "Vamos entrar com armas não-letais, porque já sabemos que os presos não possuem armas de fogo", disse o portal.
Após a eventual pacificação, Faria disse que o plano é retirar todos os presos da penitenciária e separar as facções em outras unidades. "Vamos interditar Alcaçuz", disse ao Tribuna do Norte.