O preso, que não teve a identidade revelada, contou que provavelmente há mais mortos dentro do presídio Foto: AFP
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Antes da transferência de cinco detentos, na tarde desta segunda-feira, para outras unidades prisionais do Rio Grande do Norte, ele fez ameaças dizendo que eles iriam promover novas rebeliões se os pedidos não fossem atendidos. "Quem tem poder para quebrar tudo no estado é nós", afirmou o preso.
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Secretário desmente denúncia dos presos
Wallber Virgolino, titular da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), desmentiu a denúncia da falta de alimentação. Para tomar o controle da penitenciária, ele informou que o fornecimento de alguns serviços básicos foram interrompidos na tarde desta segunda-feira. "Em momento de crise, se atrasa ou suspensem alguns serviços. Logo serão normalizados. Falei com o diretor [penitenciária] e ele desmente a falta de alimentação", contou Virgolino. Equipes da companhia elétrica estiveram no local, segundo ele, para reestabelecer o fornecimento de energia.
De acordo com a Tribuna do Norte, a comunicação entre o detento e a reportagem só foi possível devido ao não funcionamento dos bloqueadores do sinal de celular, desativados pelos próprios presos durante o motim no último sábado. O equipamento funciona na unidade prisional desde o início de dezembro de 2016.
Quase todos os presos assassinados dentro do presídio de Alcaçuz foram decapitados; com exceção de dois carbonizados. "Pela perícia, todos foram decapitados. Um corpo carbonizado não foi possível identificar ainda. Todos ainda tinham marcas de objetos perfuro-cortantes; nenhum aparente com marca de tiro", disse Marcos Brandão, coordenador do Instituto Técnico-Científico de Perícia, ao UOL.