Kleberson desapareceu após ser sugado pela tubulação enquanto tentava desobstruir uma boca de lobo para passagem de água da chuva Foto: Divulgação/Bombeiros
Em Natal, as equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil, que trabalham nas buscas pelo pedreiro Klebson dos Santos, 37 anos, conseguiram localizar, nesta sexta-feira (27), a tampa que dá acesso ao poço de visita (PV) 5, onde acreditam que o corpo foi parar após o hidrojato ter lançado água a partir da rua Guanabara, no bairro de Mãe Luiza. O equipamento foi utilizado para tentar desobstruir a tubulação, após bombeiros mergulhadores sentirem um cheiro fétido próximo ao PV 5.
O odor, que pode ser do cadáver, foi sentido na noite dessa quinta (26). Porém, os mergulhadores deixaram o local devido ao risco de contaminação, caso fosse confirmado que o odor era decorrente de fluidos cadavéricos. Na manhã desta sexta, os bombeiros solicitaram à Secretaria Estadual de Saúde uma roupa especial para que pudesse ser realizada a bisca e retirada do corpo por um mergulhador. No entanto, os três trajes disponibilizados, apesar de serem de segurança contra infecções, não atendiam às necessidades. Enquanto a roupa era nível "D" na escala utilizada pelos fabricantes de trajes desse tipo, a necessidade dos Bombeiros era de um traje nível "A".
De acordo com o capitão Marcos Miranda, do Corpo de Bombeiros, o dia de hoje está sendo muito positivo nas buscas, porém não há garantias de que o corpo será encontrado hoje. "O corpo pode estar antes da caixa ou um pouco depois, portanto a gente tem essas duas opções. Todas as outras opções na tubulação nós já esgotamos", explicou. Uma equipe da Polícia Civil e do Instituto Técnico Científico de Polícia (Itep) já estão no local com os documentos necessários para fazer o registro de óbito e remoção do cadáver quando Klebson for encontrado.
O ACIDENTE - Kleberson desapareceu no início da tarde do último sábado (21), após ser sugado pela tubulação enquanto tentava desobstruir uma boca de lobo para passagem de água da chuva. A irmã, Cleane do Nascimento, conta que Kleberson morava sozinho, na rua Saquarema, mas todo dia ia à sua casa, na rua Antonio Félix, para comer e fazer o almoço dele: "Ele falava que eu era uma mãe pra ele, que era muito apegado a mim", lembra ela.
