Caos no IML

No Piauí, agentes do IML de Parnaíba não recolhem corpos

MARÍLIA BANHOLZER
MARÍLIA BANHOLZER
Publicado em 29/01/2015 às 20:35
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Em dezembro, o veículo do IML local passou uma semana sem combustível / Foto: reprodução/Blog Luis Correia

Em dezembro, o veículo do IML local passou uma semana sem combustível Foto: reprodução/Blog Luis Correia

No município de Parnaíba, no Litoral do Piauí, cerca de 340 km de Teresina, os funcionários do Instituto Médico Legal (IML) resolveram suspender temporariamente as atividades, com isso o serviço de remoção de corpos na região está paralisado. A decisão da categoria foi tomada nessa quarta-feira (28) depois que o governo do estado decidiu cortar as gratificações dos servidores.

No primeiro dia de paralisação, o corpo de um homem, que faleceu após ter sido vítima de acidente de trânsito no município de Buriti dos Lopes, não foi recolhido. Em entrevista para a imprensa local, o diretor do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpolpi) Robson Castilho explicou que os funcionários do IML só voltarão a recolher os corpos quando o governo do estado se pronunciar.

“A Secretaria de Segurança determinou o corte de gratificações dos agentes que desempenhavam duas ou mais funções no governo e como não vamos mais receber por este trabalho decidimos suspender o serviço. Logo, não há servidores para recolher os corpos de vítimas de crimes ou acidentes", declarou Castilho.

No início deste mês de janeiro, o Sinpolpi havia denunciado que as geladeiras onde os corpos ficam armazenados estavam queimadas há meses e, por isso, os restos mortais tinham que ser periciados às pressas antes que apodrecessem no IML. Já em dezembro de 2014, o Instituto Médico Legal passou uma semana sem atender ocorrências porque o único veículo usado na remoção dos corpos estava sem combustível.

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