Fuga

Bandidos atacam cadeia de Pedrinhas no Maranhão

Mariana Campello
Mariana Campello
Publicado em 05/04/2015 às 18:59
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Quatro presos chegaram a fugir, mas foram recapturados depois / Foto:  Agência Brasil

Quatro presos chegaram a fugir, mas foram recapturados depois Foto: Agência Brasil

Oito bandidos atacaram o Complexo Penitenciário de Pedrinhas (MA), com tiros de fuzis e pistolas, na madrugada deste domingo (5). A ação foi combinada para facilitar a fuga de detentos.

Segundo nota da Sejap (Secretaria de Estado da Administração Penitenciária) e da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão, a ação ocorreu por volta das 4h. Quatro presos chegaram a fugir, mas foram recapturados depois.

De acordo com o governo, vários veículos -o número exato não foi divulgado- foram parados em frente ao complexo e os bandidos atiraram contra o prédio, havendo troca de tiros com policiais.

Quatro presos do Centro de Detenção Provisória tentaram fugir durante o tiroteio, mas foram capturados. Eles foram identificados pela Sejap como Adeilton Alves Nunes, Ilton Carlos Martins, John Lennon da Silva Lima e John Carlos Campos Silva.

Um dos veículos utilizados pelos bandidos foi localizado meia hora depois da ação e apreendido pela Polícia Militar. Outros dois foram encontrados no povoado de Santa Cruz, próximo à cidade de Morros.

Essa é a terceira fuga no Complexo de Pedrinhas apenas em 2015. Em março, quatro escaparam do conjunto de penitenciárias do Maranhão. A Secretaria de Segurança Pública afirma que segue com as investigações sobre as ações.

VIOLÊNCIA NOS PRESÍDIOS - O Complexo Penitenciário de Pedrinhas é palco de diversas rebeliões e tentativas de fuga desde 2013. Desde então, foram registradas 79 mortes de detentos.

A violência no sistema prisional gerou uma crise de segurança na gestão da então governadora Roseana Sarney (PMDB), que deixou o cargo no fim de 2014, e críticas de organizações internacionais.

Logo após ter sido eleito, o atual governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), disse em entrevista à Folha de S.Paulo que iria tentar resolver os problemas das prisões no Maranhão recuperando a autoridade sobre o sistema penitenciário, hoje comandado por facções criminosas, e implantando novas estruturas físicas para descentralizar a execução penal de São Luís.

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