Julgamento

Justiça pede prisão perpétua para Carlos, o Chacal por atentado de 74

Arlene Carvalho
Arlene Carvalho
Publicado em 27/03/2017 às 12:32
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Ilustração do julgamento de Chacal em 2013. / Foto: BENOIT PEYRUCQ / AFP

Ilustração do julgamento de Chacal em 2013. Foto: BENOIT PEYRUCQ / AFP

A promotoria francesa pediu, nesta segunda-feira (27), pena de prisão perpétua para o venezuelano Ilich Ramírez Sánchez, também conhecido como Carlos "o Chacal", por sua responsabilidade no atentado contra uma galeria comercial de Paris que deixou dois mortos e 34 feridos em 1974.

Carlos, que já cumpre duas condenações à prisão perpétua na França, nega ter cometido este atentado. Mas o procurador-geral destacou que "todos os elementos reunidos durante a investigação convergem para ele".

Interrogado durante o julgamento sobre seu envolvimento no atentado, Carlos declarou que um "combatente da resistência palestina" como ele não poderia, sob pena de morte, proporcionar informação sobre uma operação e muito menos durante um julgamento. Mas pressionado pelo presidente do tribunal, o venezuelano afirmou: "Talvez seja Carlos, talvez eu, mas não há nenhuma prova disso".

1974

Carlos, o Chacal, foi uma figura conhecida em todo o mundo nos anos 1970 e 1980, considerado por alguns como um símbolo do terrorismo internacional e por outros como um revolucionário.

Preso na França desde que foi capturado em 1994 em uma operação no Sudão, ele cumpre duas condenações à prisão perpétua por um triplo homicídio em 1975 em Paris e por quatro atentados cometidos na França há 30 anos.

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