A polícia lançou uma caça frenética na terça-feira, depois que usuários da chamada "darknet", a parte da internet que não aparece nos motores de busca clássicos, alertaram para um vídeo no qual Marcel Hessel afirmava ter matado um vizinho. Foto: AFP
O jovem de 19 anos, preso na quinta-feira (10) na Alemanha após afirmar em um vídeo que havia matado uma criança de 9 anos, confessou nesta sexta-feira outro assassinato, informaram os investigadores.
A polícia lançou uma caça frenética na terça-feira, depois que usuários da chamada "darknet", a parte da internet que não aparece nos motores de busca clássicos, alertaram para um vídeo no qual Marcel Hessel afirmava ter matado um vizinho. O corpo da criança foi encontrado no porão da casa do suspeito, em Herne (oeste), com 52 facadas.
O suspeito, que os investigadores definiram como um "solitário" e "viciado em computador e videogame", foi preso na quinta-feira depois de entrar em um restaurante e gritar: "Chamem a polícia, estão à minha procura". O suspeito foi descrito como um desempregado, sem habilidades sociais, desconhecido nos registros da polícia.
Durante seu interrogatório, durante o qual "não demonstrou qualquer emoção", confessou ter matado a criança e também um homem de 22 anos com o qual havia passado a noite de terça-feira, informou à imprensa Klaus-Peter Lipphaus, que lidera a investigação policial.
Segundo o próprio suspeito, matou a segunda vítima depois que este descobriu que era procurado pela polícia pelo assassinato de uma criança.
Hesse passou dois dias trancado em um apartamento com o cadáver do jovem, que foi apunhalado 68 vezes, antes de incendiar o local e se entregar à polícia
O assassino confesso afirmou que cometeu os crimes porque se sentia frustrado com o fato de o exército alemão ter rejeitado sua candidatura e temia perder o acesso à internet em razão de sua mudança de casa.
"A impossibilidade de não poder jogar" online teria o levado a tentar suicídio duas vezes na segunda-feira, explicou Lipphaus.
A primeira vítima era vizinho de Hesse e na segunda-feira os investigadores advertiram que não podiam descartar que ele também tivesse matado uma segunda pessoa.
Em uma conversa na internet, o jovem havia afirmado que teve que "brigar com um monstro de 120 km", que "mostrou mais resistência que o menino".