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Casa Branca exclui de coletiva meios de comunicação críticos a Trump

Priscila Miranda
Priscila Miranda
Publicado em 24/02/2017 às 20:58
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Coletiva de imprensa diária habitual deveria estar aberta a todos os repórteres credenciados / Foto: AFP

Coletiva de imprensa diária habitual deveria estar aberta a todos os repórteres credenciados Foto: AFP

A Casa Branca excluiu, nesta sexta-feira (24), vários dos meios de comunicação mais importantes dos Estados Unidos de participar de um encontro com a imprensa, reavivando as acusações de favoritismo do governo de Donald Trump.

O jornal The New York Times, a emissora CNN e outros veículos que têm feito uma cobertura crítica das primeiras semanas do novo governo não foram convidados para a reunião, convocada pelo porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer.

Meios de comunicação menores e conservadores, como o canal One America News Network, que cobriram tudo relacionado a Trump de forma mais favorável, estavam lá.

As agências de notícia Reuters e Bloomberg foram incluídas, enquanto a Associated Press boicotou o ato em sinal de protesto. A AFP protestou por ter sido excluída - apesar de estar no "pool" - e compareceu ao "briefing" sem ser convidada.

A Associação de Correspondentes da Casa Branca assegurou que "protestou de forma enérgica" contra a decisão do governo Trump.

"A junta discutirá este assunto com funcionários da Casa Branca", assegurou seu presidente, Jeff Mason.

Spicer defendeu sua decisão durante o encontro com a imprensa, alegando que a Casa Branca demonstrou "muita acessibilidade".

"De fato, fomos muito além, fazendo que nossas equipes e nossa sala de imprensa sejam mais acessíveis do que possivelmente foram em outra administração", assinalou.

Os governos republicanos e democratas costumam convocar reuniões com grupos de jornalistas previamente selecionados, mas este encontro foi anunciado como a coletiva de imprensa diária habitual e, por isso, deveria estar aberta a todos os repórteres credenciados.

Pouco antes desse incidente, Trump descreveu a imprensa como "o inimigo do povo", um dia depois que um de seus conselheiros mais importantes advertiu que a relação com a imprensa "vai piorar a cada dia".

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