Ásia

Atentado reivindicado pelo Estado Islâmico deixa mortos no Paquistão

Ingrid
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Publicado em 16/02/2017 às 14:58
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O atentado aconteceu nesta quinta-feira (16) em um santuário sufi, parecido com este, no sul do Paquistão. / Foto: Yousuf Nagori / AFP

O atentado aconteceu nesta quinta-feira (16) em um santuário sufi, parecido com este, no sul do Paquistão. Foto: Yousuf Nagori / AFP

Ao menos 70 pessoas pessoas morreram em um atentado nesta quinta-feira (16) em um santuário sufi no sul do Paquistão, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico, segundo o mais recente balanço fornecido pela polícia.

"Neste momento, 70 pessoas morreram e mais de 150 ficaram feridas", declarou à AFP o chefe da polícia da província de Sindh, A.D. Jawaja.  "Muitos feridos estão em estado crítico e serão transferidos para Karachi" o quanto antes, acrescentou.

Um primeiro balanço do ataque havia registrado 10 mortos e 50 feridos. O grupo extremista sunita Estado Islâmico (EI) reivindicou, por meio de sua agência de propaganda Amaq, o atentado.

"Um suicida do EI acionou seus explosivos contra uma reunião de xiitas no santuário de Lal Shahbaz Qalandar, na cidade de Sehwan, província de Sindh", afirmou Amaq. A cidade de Sehwan fica cerca de 200 km a nordeste da megalópole de Karachi.

O ataque foi realizado por um suicida que entrou neste santuário construído no século XIII dedicado ao santo sufi Lal Shahbaz Qalandar. O local estava lotado no momento da explosão. A quinta-feira é um dia sagrado para a oração para esta comunidade.

O primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, condenou o ataque em um comunicado. "Um atentado contra um de nós é um ataque contra todos nós", lamentou.

"Os últimos dias foram difíceis e meu coração está com as vítimas. Mas não podemos permitir que estes eventos nos dividam ou nos assustem (...) Já enfrentamos circunstâncias mais difíceis e perseveramos da mesma maneira. Vou fazer tudo o que estiver em meu alcance para proteger este país", acrescentou.

O chefe do exército, o general Qamer Javed Bajwa, lançou um apelo à calma, prometendo aos paquistaneses que "as nossas forças de segurança não vão permitir que as forças hostis vençam".

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