Susto

Militar atira contra homem com faca perto do Louvre em Paris

Maria Luisa Ferro
Maria Luisa Ferro
Publicado em 03/02/2017 às 7:07
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O Ministério francês do Interior confirmou em seu twitter o acontecimento no Museu do Louvre nesta sexta (3) / Foto: AFP

O Ministério francês do Interior confirmou em seu twitter o acontecimento no Museu do Louvre nesta sexta (3) Foto: AFP

Um homem atacou soldados com um facão ao grito de "Alá é grande" nesta sexta-feira (3) perto do Museu do Louvre, em Paris, antes de ser gravemente ferido pelo disparo de um soldado, uma agressão que o primeiro-ministro francês afirmou ser de "caráter terrorista". O soldado atacado ficou levemente ferido, enquanto o agressor foi ferido na barriga e está em estado grave, informou o chefe da polícia de Paris, Michel Cadot.

"Após verificar o conteúdo de duas mochilas que ele carregava em suas costas, constatamos que não havia explosivos", afirmou. "Esta agressão é visivelmente um ataque terrorista", disse o primeiro-ministro, Bernard Cazeneuve. 

Este ataque acontece em um contexto de forte ameaça extremista islâmica na França, atingida por uma série de ataques jihadistas sem precedentes nos últimos dois anos. De acordo com o chefe da polícia, o agressor, armado com pelo menos um facão, correu em direção aos policiais e militares no Carrousel du Louvre, perto do museu, fazendo ameaças e gritando "Allah Akbar".

Um militar reagiu e disparou cinco tiros, atingindo o estômago do agressor. "Acredito ter se tratado de um ataque de uma pessoa que tinha um desejo claro de agredir, que era evidentemente ameaçador e que proferia palavras sugerindo que queria fazê-lo em um contexto terrorista", indicou o comissário da polícia.

O público que estava no museu no momento do ataque, cerca de 250 pessoas, foi mantido afastado e confinado em uma parte do museu segura, segundo Cadot. A área ao redor do museu, que atrai todos os dias milhares de visitantes, foi isolada pela polícia, constatou um jornalista da AFP.

A França está sob o regime excepcional de estado de emergência desde os ataques em novembro de 2015 (130 mortes) em Paris, e soldados patrulham diariamente as ruas e locais turísticos da capital. Atingida duas vezes em 2015 por ataques extremistas sem precedentes, a França vive com medo de novos ataques, apesar de um aparato de segurança drasticamente reforçado.

O grupo Estado Islâmico, que tem perdido terreno no Iraque e na Síria, onde proclamou um califado em 2014, ameaça regularmente a França, em  retaliação à participação do país na coalizão militar internacional que combate os extremistas nos dois países. O EI também defende ataques contra os "infiéis" sempre que possível e tenta exportar para a Europa, graças aos extremistas que retornam da Síria, com um mandato para conduzir operações em solo europeu.

"Evento grave de segurança pública em andamento em Paris, no bairro do Louvre, prioridade à intervenção das forças de segurança e socorro", tuítou o ministério do Interior francês.

 

 

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