EUA

Trump presta homenagem em Delaware a militar morto no Iêmen

Priscila Miranda
Priscila Miranda
Publicado em 02/02/2017 às 3:26
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Trump sobrevoou Delaware para homenagear um Navy Seal morto em uma operação no Iêmen / Foto: AFP

Trump sobrevoou Delaware para homenagear um Navy Seal morto em uma operação no Iêmen Foto: AFP

O presidente dos EUA, Donald Trump, fez uma inesperada visita de helicóptero a Delaware, para homenagear um Navy Seal morto em uma operação no Iêmen, o primeiro americano a morrer em combate desde que o republicano se tornou comandante em chefe do Exército de seu país.

O operador especial de guerra em chefe William "Ryan" Owens, de Illinois, era membro da reconhecida Equipe 6 Seal e foi morto no domingo (29) em um ataque armado no âmbito do conflito no Iêmen.

Trump voou a bordo do helicóptero presidencial Marine One, da Casa Branca para a Base da Força Aérea Dover, em Delaware, para o repatriamento do corpo de Owens.

O presidente viajou acompanhado de sua filha Ivanka e deve se reunir com a família Owens.

O militar, de 36 anos, morreu durante um bombardeio. Três soldados ficaram feridos, e outros três sofreram lesões quando um avião militar V-22 Osprey fez um pouso forçado, de acordo com o porta-voz do Pentágono, Chris Sherwood.

Forças especiais dos Estados Unidos realizaram uma incursão contra a Al-Qaeda na Península Arábica (AQAP) na região Yakla, da província de Baida, onde lutam contra esse grupo considerado por Washington como uma facção mais perigosa da organização terrorista.

Ao todo, 14 combatentes da AQAP morreram, inclusive uma mulher, de acordo com o Pentágono.

Os funcionários disseram que a operação se destinava a coletar informações e apreender computadores e outros equipamentos eletrônicos utilizados pela AQAP.

Na quarta à noite, o Pentágono declarou que "provavelmente" civis não combatentes foram mortos na ofensiva, incluindo crianças.

"Uma equipe designada pelo comandante da forças de tarefas operacional concluiu que, lamentavelmente, civis não combatentes provavelmente foram mortos em meio a um tiroteio durante um ataque no Iêmen em 29 de janeiro. As baixas podem incluir crianças", afirmou o CENTCOM em um comunicado.

"As possíveis vítimas civis parecem ter ficado presas em meio a disparos" de aviões e helicópteros chamados para o resgate de soldados americanos que lutavam no solo, disse o CENTCOM.

A AQPA "tem uma tradição estabelecida e horrível de esconder as mulheres e as crianças em suas zonas de operação", declarou o porta-voz do CENTCOM, coronel John Thomas.

Essa foi a primeira ação desse tipo autorizada por Trump. O Pentágono esclarece que a operação já estava preparada há algum tempo.

A Equipe 6 Seal é conhecida por realizar operações perigosas, como a que resultou na morte do líder da rede Al-Qaeda, Osama bin Laden, em 2011.

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