Polêmica

Juiz defende 'topless' em praia argentina

Priscila Miranda
Priscila Miranda
Publicado em 01/02/2017 às 22:42
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Vinte policiais e seis patrulhas ordenaram que três mulheres vestissem seu biquíni completo em praia argentina / Foto: reprodução

Vinte policiais e seis patrulhas ordenaram que três mulheres vestissem seu biquíni completo em praia argentina Foto: reprodução

Um juiz argentino decidiu endossar o "topless", nesta quarta-feira (1º), em um balneário ao sul de Buenos Aires, onde no final de semana passado 20 policiais e seis patrulhas ordenaram que três mulheres vestissem seu biquíni completo.

O incidente desproporcional que gerou uma polêmica na Argentina sobre as liberdades individuais, o machismo e sobre o moralismo em relação à nudez inspirou a convocação de um "Tetazo" na capital na próxima terça-feira (7).

O juiz Mario Juliano, do tribunal Criminal 1 de Necochea, resolveu arquivar o caso denunciado por um homem por "carecer de relevância contravencional" e pediu "prudência" à Polícia.

Os agentes chegaram a ameaçar as três mulheres com prisão por desacato à ordem na praia a 500 km ao sul de Buenos Aires.

Em texto escrito em primeira pessoa, o juiz ressaltou a importância de que essas polêmicas contribuam para o avanço das liberdades sociais.

"A defesa irrestrita das liberdades me leva a me posicionar em favor das mulheres que decidiram expor seus peitos, do mesmo modo que apoio as manifestações (tetazos) que acontecerão nos próximos dias em defesa dos direitos", escreveu.

Juliano explicou ter arquivado o caso, porque a norma que poderia sancionar esse tipo de incidente se refere a atos obscenos que afetem a moral pública.

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