Susto

Três fortes terremotos atingem o centro da Itália

Maria Luisa Ferro
Maria Luisa Ferro
Publicado em 18/01/2017 às 9:48
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Em outubro, dois tremores de 5,5 e 6,1 de magnitude provocaram grandes danos materiais na zona mais ao norte da região, mas sem deixar vítimas, e no dia 30 de outubro outro terremoto de 6,5, com epicentro em Norcia, abalou novamente a zona / Foto: AFP

Em outubro, dois tremores de 5,5 e 6,1 de magnitude provocaram grandes danos materiais na zona mais ao norte da região, mas sem deixar vítimas, e no dia 30 de outubro outro terremoto de 6,5, com epicentro em Norcia, abalou novamente a zona Foto: AFP

Três tremores de magnitudes compreendidas entre 5,3 e 5,7 atingiram na manhã desta quarta-feira (18) o centro da Itália, em uma área atualmente sob a neve e já abalada por uma série de fortes terremotos em agosto e outubro. O primeiro tremor, de magnitude 5,3, foi registrado às 10h25 (07h25 de Brasília), segundo vários institutos de medição.

O outro, mais forte e mais longo, ocorreu por volta das 11h14 (08h14 de Brasília) e o terceiro (5,5) às 11h25 (08h25 de Brasília). Os três tremores foram sentidos em Roma, mas até o momento não havia relatos de danos ou vítimas. Os epicentros se localizaram entre Montereale, Capitignano, Campostoto, Barete, Pizzoli e Amatrice, segundo a Defesa Civil.

Amatrice foi a localidade mais afetada pelo terremoto de magnitude 6,0 que no dia 24 de agosto deixou mais de 300 mortos. Toda esta região, localizada em meio a montanhas, sofre há dez dias com fortes nevascas que deixaram muitas das estradas impraticáveis e na terça-feira provocaram o desamamento do hospital de campanha provisório instalado com módulos infláveis em Amatrice.

 'Não tenho palavras' 

"Não sei o que fizemos de mal, ontem nevascas de até 2 metros e agora o terremoto. O que se pode dizer? Não tenho palavras", comentou desconsolado à televisão o prefeito de Amatrice, Sergio Pirozzi. "A situação é dramática, as estradas não podem ser utilizadas devido à neve, temos poucos meios, outros estão danificados. Não podemos enfrentar esta guerra sem arcos e flechas", lamentou Stefano Petrucci, prefeito de Accumoli, outras das aldeias atingidas pelos terremotos.

No dia 26 de outubro, dois tremores de 5,5 e 6,1 de magnitude provocaram grandes danos materiais na zona mais ao norte da região, mas sem deixar vítimas, e no dia 30 de outubro outro terremoto de 6,5, com epicentro em Norcia, abalou novamente a zona. As regiões de Abruzzo, Lazio e Marcas, e inclusive Roma, a mais de 100 quilômetros de distância, foram as mais afetadas com os novos terremotos.

Na capital, as autoridades suspenderam os serviços de trem subterrâneo por razões de segurança e a sede do ministério das Relações Exteriores, assim como algumas escolas, foram evacuados. As escolas de Abruzzo e Marcas que não haviam sido fechadas devido à neve foram evacuadas pelos terremotos. Os serviços de emergência também mobilizaram helicópteros para controlar o impacto dos tremores.

Até o momento, não há informações sobre desabamentos, mas os moradores da cidade de Áquila, afetada pelos terremotos anteriores, saíram às ruas e foram registradas cenas de pânico. O prefeito, Massimo Cialente, afirmou que até o momento não foram registrados danos, mas reconheceu que a "situação é muito difícil, já que é preciso somar às nevascas o terremoto". Em Amatrice, a antiga e bela cidade montanhosa devastada por um terremoto anterior, o que restava da torre medieval desabou.

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