Conflito

Rússia começa a diminuir presença militar na Síria

Felipe Cabral
Felipe Cabral
Publicado em 06/01/2017 às 8:02
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A diminuição da força na Síria ocorre no momento em que Rússia e Turquia tentam fechar acordo de paz entre governo Bashar al-Assad e grupos rebeldes. / Foto: AFP.

A diminuição da força na Síria ocorre no momento em que Rússia e Turquia tentam fechar acordo de paz entre governo Bashar al-Assad e grupos rebeldes. Foto: AFP.

A Rússia começou, nesta sexta-feira (6), a reduzir sua presença militar na Síria ao anunciar a retirada de um grupo naval e de um porta-aviões do país. "Em conformidade com a decisão do comandante supremo Vladimir Putin, o Ministério da Defesa está começando a redimensionar o reagrupamento de forças armadas na Síria", disse o chefe do Estado Maior, general Valery Gerasimov.

O grupo naval guiará o porta-aviões Kuznetsov do norte da Síria, através do Mediterrâneo, até a base naval de Severomorsk. Ainda de acordo com o general, os militares completaram "com sucesso" todas as suas missões e agora estão prontos "para outras operações". As informações são da agência de notícias Ansa.

A diminuição da força militar na Síria ocorre no momento em que os russos, ao lado da Turquia, tentam fechar um acordo de paz entre o governo de Bashar al-Assad e os grupos rebeldes.

Cessar-fogo reduziu combates

Em 30 de dezembro, com a intermediação dos dois governos, um cessar-fogo foi acordado e, apesar de denúncias de violação dos dois lados, houve uma sensível diminuição nos combates. Segundo uma entrevista dada pelo ministro turco das Relações Exteriores, Mevlut Cavusoglu, as negociações do acordo começam no dia 23 de janeiro em Astana, no Cazaquistão.

A guerra síria já dura quase seis anos e deixou centenas de milhares de mortos. Além disso, mais de seis milhões de sírios foram obrigados a abandonar suas casas.

No entanto, mesmo com um acordo de paz entre governo e rebeldes, o drama dos sírios não tem prazo para acabar. Isso porque a luta contra os grupos terroristas que atuam em grandes áreas do país, como o Estado Islâmico e o Frente al-Nusra, continuará tanto com bombardeios dos russos e turcos como dos norte-americanos.

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